Na reunião do Comitê do Plano Acreano para a Cultura Exportadora (PNCE) realizado na sede Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), foram registrados os avanços do comércio de exportação do Acre para o Peru, traçados novos planos e debatidas as dificuldades.
O presidente da Fieac, José Adriano, foi enfático ao relatar que em toda discussão sobre a industrialização do Acre, matriz energética precária do estado é destacada como um dos principais entraves. “Temos edital que já foi contrato para o linhão, duas vezes, e foi distratado. Precisamos avançar nestas questões para que possamos ter um ambiente de maior segurança para o empresário e, consequentemente, melhoraremos o setor de exportação do nosso Estado”, avaliou
Dentre os avanços registrados no setor, o superintendente federal do Ministério da Agricultura no Acre, Luziel Carvalho, presente à reunião, disse que houveram progressos nas discussões sobre comercialização com o Peru, para onde os empresários querem levar o “boi em pé”. Segundo ele, uma visita da missão peruana está prevista para acontecer, ainda neste primeiro semestre, às propriedades produtoras que deverão ser autorizadas a realizar o comércio.
“O Acre tem o status fitossanitário, em tese, inferior ao do Peru – pelo fato de sermos livres de aftosa e ainda vacinarmos. Enquanto que o país vizinho é livre de aftosa e não vacina mais. A partir de junho deste ano, os produtores rurais acreanos não serão obrigados a vacinar seus rebanhos bovinos. Subtende-se que conseguiremos o mesmo status do que o Peru e aí, consequentemente, já poderemos exportar o ‘boi em pé’ e os cortes especiais do boi”, informou Carvalho aos presentes.
Já o comércio da carne suína do Acre, de acordo com o representante do Ministério da Agricultura, está sendo comercializada para a Bolívia com resultados positivos pela indústria acreana “Dom Porquito”.
Governo garante parceria
O assessor especial do governo do Estado, Jairo Carvalho, disse, na reunião, que o setor tem o apoio da gestão e elogiou as instituições no sentido de se unirem para propor ações para os avanços no mercado de exportação do Acre. “Conte com a parceria e esforços do nosso governador para ações que proponham o desenvolvimento do nosso Estado. O Governo é parceiro no que for preciso para que o Acre possa voltar a crescer”, disse.
Sobre o Comitê do Plano Acreano para a Cultura Exportadora
Criado em 2016, é formado pela Federação das Indústrias do Estado do Acre, Fecomércio, Federação da Agricultura, Sebrae, Acisa, Federacre, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Acre, Governo do Estado do Acre, Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia do Acre, Suframa, Conselho Regional de Administração do Acre, SENAI, Anac, Crea, Caixa, Banco da Amazônia e Consulado do Peru em Rio Branco. O objetivo é aumentar o número de empresas que operam no comércio exterior, além de promover o crescimento das exportações.
O Plano Acreano da Cultura Exportadora prevê sete eixos de ações: 1) Relacionamento e promoção de negócios; 2) Logística e infraestrutura do comércio exterior; 3) Barreiras em mercados externos; 4) Inteligência comercial; 5) Assessoramento e capacitação; 6) Facilitação e desburocratização do comércio exterior; e 7) Estímulo e apoio à negócios acreanos para exportação. A expectativa com o atual Governo é de que haja um ambiente mais favorável para avançar nos itens acima citados.
Com informações da Assessoria Fieac