Pelo menos 12 prefeitos do Acre estão na Capital Federal, nesta terça-feira (9), participando da 22ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios que acontece até a próxima quinta-feira (11). A estimativa é de que mais de oito mil pessoas estejam participando do evento que reúne, além de prefeitos de todo o Brasil, parlamentares e gestores. Dentre as pautas principais, a Reforma da Previdência e a o Pacto Federativo.
A prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, que também é presidente da Associação de Municípios do Acre (Amac), voltou a falar da falta de recursos nos Município e da necessidade de se repensar o Pacto Federativo. “Reivindicamos uma reforma tributária, uma rediscussão do pacto federativo, à medida que os Municípios receberam muitos encargos que comprimiram a capacidade de atenderem todas as demandas, sobre tudo, de infraestrutura das cidades. Sem recurso não temos como avançar”, frisou.
Também participam da Marcha a Brasília, a prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem; o prefeito de Porto Acre, Bené Damasceno; o prefeito de Marechal Taumaturgo, Isaac Pianko; a prefeita de Tarauacá, Marilete Vitorino; o prefeito de Epitaciolândia, Tião Flores; o prefeito de Manoel Urbano, Tanízio de Sá; e o prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro.
“A melhor maneira de valorizar a nossa região é através das prefeituras. Afinal, os brasileiros vivem nos municípios e nós, os gestores que estamos na ponta, precisamos de ajuda do governo federal com investimentos em saneamento básico e economia, gerando emprego, renda e qualidade de vida”, disse o prefeito da segunda maior cidade do Acre.
Na abertura do evento o presidente Jair Bolsonaro mencionou defendeu a exploração dos recursos naturais da Amazônia Brasileira. Segundo ele, os rendimentos oriundos dos negócios firmados na região também serão repassados às prefeituras, por meio do Fundo de Participação dos Municípios. “Se depender de mim, vamos explorar racionalmente a nossa Amazônia.”, afirmou.
Sobre a Reforma da Previdência, o presidente disse que é necessária para o equilíbrio das contas. “Temos uma encruzilhada pela frente, por isso temos que fazer a Reforma da Previdência para equilibrar as nossas contas. Queremos nossos filhos melhores do que nós e, juntos, vamos resgatar o futuro do Brasil”,enfatizou.
Também se fizeram presentes, o presidentes da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia, e o presidente do Senado, senador Davi Alcolumbre e o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Glademir Aroldi.
“O movimento municipalista está pronto para construir um pacto federativo. O modelo atual está falido. Temos que atender os prefeitos sufocados pela responsabilidade do pacto federativo. Precisamos deixar claro as atribuições da União, do Estado e Municípios. Temos que compartilhar todos os recursos da União”, defendeu, Aroldi.