Em audiência pública realizada esta quarta – feira(10)na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável sobre “Esclarecimentos de Novos Procedimentos e Acordos do Ministério do Meio Ambiente”, a deputada Vanda Milani(SD) perguntou ao ministro do setor ,Ricardo Salles, o que o Acre e o povo amazônida podem esperar do projeto estratégico do Governo Federal para as regiões onde as terras são agricultáveis na Amazônia.
A deputada indagou ainda o projeto estratégico do Governo Federal para os proprietários de terra que defendem sua propriedade sem qualquer desmatamento. O ministro respondeu ser necessário encontrar soluções racionais para problemas que estão acontecendo. Em relação ao Acre, Ricardo Salles disse são problemas que dizem respeito ao desenvolvimento do Estado , que certamente enfrenta a falta de dinamismo econômico “ já que de um lado é impedido de produzir, doutro a floresta em pé tem sérias restrições com os manejos florestais que , a despeito de serem reconhecidos como importantes, sua execução se torna cada vez mais difícil em razão de regramentos”.
Para o ministro, esse problema é um caso típico de ideologia disfarçada de tecnicidade. Vanda Milani ressaltou ainda que os povos amazônidas são os maiores ambientalistas da nação e, no entanto, são vistos, na sua maioria, como inimigos da pátria, “quando na verdade são verdadeiros soldados não pagos e que garantem , a custo zero, a soberania da Amazônia brasileira, sem nenhuma contrapartida para tal, como existe em outros ´países. São os fiscais amazônidas mais baratos, desconhecidos e não reconhecidos pela nação e povos do mundo ”. Em sua indagação, a parlamentar destacou que a fronteira acreana não foi aberta à agro-indústria, “e, por isto, nosso povo sofre o desemprego de seus filhos. Tem floresta ,mas não tem desenvolvimento econômico”.
Sustentabilidade
Segundo Vanda Milani, não é preciso derrubar a floresta, basta ter o respeito pelo meio ambiente e caminhar juntos. Quem vive na Amazônia, disse a deputada, sabe das dificuldades que o povo passa no dia a dia. “O pequeno, médio e grande proprietários são os grandes prejudicados”. A deputada lembrou que licenciamentos legais levavam meses-até anos- para serem autorizados e liberados em virtude da falta de flexibilidade. ”Hoje, felizmente, o Acre vive dias diferentes. Está sendo dada prioridade às licenças ambientais requeridas, desde que cumprida à legislação ambiental”, finalizou.