Governistas e oposição vão se enfrentar dia 16 na Assembleia por CPI da Energisa

“Ainda não é o fim, Vamos voltar à arena”, disse, utilizando a linguagem dos lutadores de vale tudo de UFC e MMA, nesta quinta-feira (11), o deputado estadual Edvado Magalhães (PC do B), ao manifestar solidariedade ao colega de partido e de bancada Jenilson Leite em relação a seu pedido de requerimento de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar possíveis abusos e desvios da empresa de energia elétrica Energisa, de capital privado e que adquiriu a atniga Eletroacre e a Eletrobrás Distribuição Acre. O requerimento corre o risco de ser derrotado. A CPI deveria ser montada e instalada na sessão desta quarta-feira (10), mas dos 16 deputados que haviam assinado o requerimento na sessão do dia anterior, dia 9, retiraram seus nomes.

São eles: Antônia Sales (MDB), Marcos Cavalcante (PTB), Cadimiel Bonfim (PSDB), Juliana Rodrigues (PRB), Vagner Felipe (PR), José Bestene (PP), José Luiz Tchê (PDT), Josa da Farmácia (Pode) e Manuel Moraes (PSB). Restaram na lista de Jenilson Leite apenas sete assinaturas, o que não é suficiente para a instalação da CPI. “Nós ainda temos sete assinaturas e estamos conversando com outros deputados, de tal forma que, na sessão de terça-feira (16), teremos o número suficiente para a representação”, disse Jenilson Leite. O deputado Wendy Lima (PSL) deve funcionar como pendulo da balança, mas deve se alinhar ao governo, que é contra a CPI, já que seu pai, o vereador N. Lima (ex-deputado estadual), bolsonarista convicto, tem ojeriza aos parlamentares de esquerda e, principalmente, de comunistas, como são Jenilson Leite e Edvaldo Magalhães.

Deputados da bancada de apoio ao governo e das oposições se preparam para uma grande batalha parlamentar na sessão de terça-feira(16)/Foto: Ascom

A sessão de terça-feira deve ser bem tumultuada, já que o PC do B e seus aliados, parte do MDB (Roberto Duarte e Meire Srafim), do PT (Daniel Zen e Jonas Lima) e outros aliados como Chico Viga (PHS) e Maria Antônia (Pros) devem passar o final de semana conclamando a população a lotar as galerias da Assembleia a fim de pressionar os deputados a votarem a favor do requerimento de Jenilson Leite. “Será na frente da população que lotará as galerias que nós vamos saber qual é a influência da Energisa no governo do Estado e na vida dos parlamentares que assinaram o pedido de CPI e depois voltaram atrás”, disse Leite. “Parece que os braços da Energisa são longos e alcançam até o parlamento”, provocou Edvaldo Magalhães, aquele que compara a sessão de terça-feira com uma luta campal no campo parlamentar. Será, portanto, o primeiro embate de fato entre oposição e governistas.

O líder do governo, deputado Gerlen Diniz (Progressistas), autor da proposta de retirada dos nomes de seus liderados do requerimento, disse que não teme o que virá na terça-feira. Segundo ele, orientou seus liderados a não apoiarem a CPI porque o requerimento mudou de foco. “Se fosse para investigar a empresa Energisa, eu assinaria e todos nós da bancada do governo. Mas eles querem questionar o ICMS, as alíquotas que eles mesmo estabeleceram no governo passado e então virou uma CPI contra um governo que está apenas conversando”, disse Diniz.

“O líder do governo falta com a verdade. O reque4rimento é o mesmo e é assim que será reapresentado”, disse Jenilson Leite. A próxima terça-feira, portanto, promete.

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