Uma nova apreensão de jabutis foi feita no Acre por técnicos do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e militares do pelotão florestal da Polícia Militar. A apreensão foi novamente em Cruzeiro do Sul, no último sábado (20), na BR-364. Foram apreendidos 36 jabutis, que seriam abatidos e comercializados na cidade, principalmente em bairros periféricos, como o Miritizal, onde a carne de animais silvestres é muito apreciada e procurada.
Bairros como o Miritizal são formados em sua maioria por pessoas oriundas de colônias e seringais, cuja sobrevivência, enquanto viviam na floresta, era garantida com a carne de animais, principalmente o jabuti, um bicho lerdo e de fácil captura. A apreensão de sábado foi a terceira, em menos de uma semana, registrada no interior do Acre. Um homem foi preso.
O acusado não teve o nome revelado. Ele confessou à polícia ter sido o autor da caçada aos jabutis nas florestas do entorno de Cruzeiro do Sul. Levado à delegacia de polícia, ele deverá pagar multa no valor de R$ 500,00 por cada animal apreendido e responderá ao processo em liberdade. Os 36 jabutis serão devolvidos à floresta.
O Imac já devolveu ao habitat natural outros 94 jabutis apreendidos em outras duas operações realizadas em Cruzeiro do Sul este mês. Uma dessas apreensões deu-se na estrada que liga Cruzeiro do sul ao município amazonense de Guajará. Dois homens foram presos. Eles transportavam ainda 700 quilos de carne de animais silvestres e um filhote de anta que seriam comercializados em Cruzeiro do Sul. Na semana seguinte, mais 11 jabutis e 25 quilos de carne também foram apreendidos pela Polícia Federal, no bairro da Lagoa.
Para combater a caça ilegal e a comercialização de carne e animais silvestre vivos, a segunda maior cidade do Acre conta com ações de fiscalização do Ibama, do Instituto Chico Mendes, do Imac, e de um pelotão florestal da PM. Mesmo com tantos órgãos agindo, a atividade ilegal dos caçadores também vem se intensificando nos últimos tempos.