A Secretária de Estado de Comunicação, jornalista Silvânia Pinheiro, acaba de entrar no radar de perseguições e violência do jornalista Assem Neto, dono de um site de Rio Branco chamado “ACJornal’. O jornalista é conhecido pelo desequilíbrio emocional, com histórico de violência, inclusive contra mulheres.
No dia 13 de julho de 2016, dentro da sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteac), onde trabalhava como assessor de imprensa, ele espancou a socos e pontapés uma professora ( e colega de trabalho) que ousou questionar a qualidade de seus serviços. Preso em flagrante e levado à Delegacia da Mulher, ele justificou a agressão dizendo que a vítima (cujo nome poupamos a divulgação para não lhe causar mais constrangimentos) merecia apanhar por ser, segundo ele, “barraqueira”. “Mulher barraqueira tem é que apanhar mesmo”, disse, na época, o jornalista, que tem atualmente 49 anos de idade.
As ameaças à Silvânia Pinheiro foram feitas em áudio de WhatssApp enviado diretamente ao aparelho celular do governador Gladson Cameli, que está em missão oficial à Colômbia, ao lado da jornalista e de outros assessores. Ao dirigir-se ao governador no áudio, Assem Neto mostra-se indignado por matéria veiculada pelo site ContilNet denunciando como mentirosa matéria anterior, divulgada no “AcJornal”, insinuando que o governador estaria dormindo durante uma palestra oficial na Colômbia em meio a várias autoridades. A matéria do “AcJornal” foi feita a partir de um vídeo produzido pela Secretaria de Comunicação do Governo no qual Gladson Cameli aparece sentado numa poltrona ouvindo o discurso de um palestrante com fone de ouvido para a tradução ao português. No vídeo, Gladson Cameli aparece balançando a cabeça e acenando às pessoas. Na foto de Assem neto, ele estaria dormindo, “desabado na poltrona”, como escreveu ao justificar a publicação dizendo que a Secom (Secretaria de Comunicação) não tivera cuidados de “preservar a imagem do chefe de Estado”.
De acordo com Silvânia, os motivos para a publicação de Assem Neto são outros. Segundo ela, o jornalista queria que o governo pagasse por publicações em seu site sem que houvesse contratos ou processo licitatório para a contratação dos serviços. “Foi isso que irritou este senhor, quando eu lhe disse que esse tipo de pagamento não poderia ocorrer sem o devido processo licitatório’, reafirmou Silvânia.
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No áudio enviado a Gladson Cameli, ele faz ilações pela ligação sanguínea da jornalista com a diretora do site ContiNet, Wânia Pinheiro (que são irmãs), insinua pagamentos irregulares a esta publicação digital e à sites como o AC 24 Horas, sem apresentar provas do que afirmou.
E não satisfeito, termina o áudio dizendo que, no fundo, quer poupar o governador, a quem acha que ele tem uma grande missão, mas adverte: “esta mulher (Silvânia, a quem ele acusa de ter caráter duvidoso ao longo do áudio), se não provar o que diz, ela vai sofrer as consequências”.