Homem é mantido refém durante 4 dias em boate após gastar R$ 9 mil

Seis pessoas foram presas em Curitiba suspeitas de manter um homem em cárcere privado durante quatro dias, no quarto de uma boate, segundo a Polícia Civil. O homem foi feito refém devido a uma suposta cobrança de dívida, conforme a polícia.

A vítima chegou ao local na tarde de quinta-feira (16), acompanhado por um primo. Na madrugada, os proprietários do estabelecimento proibiram a saída do homem, exigindo que ele pagasse R$ 30 mil, alegando a conta a ser paga por ele, de acordo com a polícia.

Ajuda da esposa

Usando um celular, escondido dos suspeitos, o homem enviou mensagens para a esposa e pediu ajuda, segundo o delegado Rinaldo Ivanike, que investiga o caso. O cliente pagou, com cartão, cerca de R$ 9 mil.

“Ele estava pedindo dinheiro afim de pagar o que os donos da boate queriam (…) só sairia se pagasse essa quantia”, disse.

A família procurou a polícia e, chegando ao local, os policiais encontraram o homem no quarto, com uma mulher e os seguranças da boate.

“Tem mensagens dele pedindo ‘pelo amor de Deus, me ajude’, ‘levante o dinheiro para eu poder sair daqui'”, disse o delegado sobre as conversas que a vítima teve com a esposa.

Seis pessoas foram presas em Curitiba suspeitas de manter um homem em cárcere privado por quatro dias, no quarto de uma boate — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Seis pessoas foram presas em Curitiba suspeitas de manter um homem em cárcere privado por quatro dias, no quarto de uma boate — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Dívida

De acordo com o delegado, o homem relatou ter gasto cerca de R$ 9 mil no local, o que afirmou ter pago, e não R$ 30 mil, conforme foi exigido para sua liberdade. Conforme a polícia, o cliente afirmou que foram fornecidas bebidas alcoólicas e cocaína no local.

Após o contato do homem, segundo a polícia, a família tentou entrar na boate para salvá-lo, mas foi impedida pelos seguranças.

Os familiares denunciaram o caso à polícia que, ao chegar à boate, encontrou tudo fechado. O delegado afirmou que, na entrada da equipe, os seguranças negaram que o homem estivesse no local.

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