Jovem que teria sido abusada na sede do PSL no Acre nega ter sido violentada

Nervosa, com o rosto coberto por um manto negro, a jovem que vem sendo apontada como o pivô do novo escândalo envolvendo a direção do PSL (Partido Social Liberal), no Acre, acaba de conceder sua versão para o caso. Sem permitir ser identificada e pedindo para que seu nome não seja publicado, ela recebeu a jornalista Rose Lima, da TV 5, e disse que as denúncias de que foi vítima de estupro e de roubo estão incompletas. Confirmou ter sido vítima apenas do roubo de um celular, um aparelho avaliado em R$ 1 mil. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Mulher, em Rio Branco (AC).

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Entrevista foi concedia a jornalista Rose Lima/Foto: reprodução

Disse que, no dia dos fatos, há cerca de duas semanas, estava trabalhando na sede do PSL, no bairro Cadeia Velha, em Rio Branco, quando sentiu dores de cabeça. Segundo ela, lá estava sempre um rapaz, morador do bairro, se oferecendo para trabalhar nas atividades partidárias, principalmente junto ao Setor Jovem. “Eu disse que estava com dor de cabeça e ele me deu um comprimido. Tomei e em seguida comecei a me sentir tonta, meio mole e eu liguei para minha amiga dizendo que estava mal. Aí ela me disse para eu pedir um Uber e ir para casa. Mas só que eu não lembro mais nada… e cinco horas acordei em casa, vestida, normal”, disse a vítima, razão pela qual deduziu que não foi estuprada. Ela mora num dos prédios do Conjunto Manuel Julião.

Só depois de ingerir o medicamento que lhe foi oferecido, ela disse ter procurado saber o princípio ativo, sua finalidade e seus efeitos. O medicamento seria o Clonazepam, também conhecido como Rivotril, que causa, entre coisas, diminuição da libido, nervosismo, desinibição orgânica, ideias suicidas. O rapaz que ofertou o comprimido, na sede do partido, seria usuário do medicamento e não teria entrado com a jovem no Uber que ela pedira para ir para casa.

A versão da mulher, de certa forma, bate com o que já havia declarado o presidente regional do PSL, o jornalista Pedro Valério. “Aqui havia mais ou menos dez pessoas no momento em que ela saiu para pegar o Uber, por volta das 11 horas. Impossível então acontecer alguma coisa aqui dentro. Está claro que ela desceu às escadas e foi para casa e lá subiu mais três andares para chegar ao apartamento dela”, disse Valério. “Caso tenha havido alguma violência contra ela, quem tem que se pronunciar é a polícia, que está cuidando do caso. O que me constrange é que setores da mídia, através de adversários inescrupulosos, estarem tentando, a todo custo, responsabilizar o PSL por um fato que não ocorreu”, disse

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