O radialista Francisco Hélcio Gadelha, mais conhecido como Cachorrão, procurou a reportagem do ContilNet para falar da briga que vem esticando com o prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, e sua mulher, a deputada Meire Serafim.
De acordo com Cachorrão, o emedebista o ameaçou de morte há aproximadamente 30 dias, o que é negado pelo prefeito.
Cachorrão registrou um Boletim de Ocorrência contra o prefeito/Foto: ContilNet
Toda a história começou quando em 2018, antes do início das eleições para a escolha de deputados estaduais, federais, senadores, governador e presidente, o radialista recebeu uma proposta do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) proposta para colocar seu nome na disputa e concorrer uma vaga na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
“Eu estava certo de que concorreria às eleições com o apoio da Charlene Lima. Quando cheguei ao estúdio de gravação, para fazer minha música de campanha, me deparei com o Mazinho e um ex-deputado estadual, que me chamaram e me fizeram a proposta de retirar minha candidatura para apoiar a Meire, ficando certo de que caso ele fosse eleita, eu ficaria em um cargo no seu gabinete pelos próximos quatros anos. Acreditei na conversa bonita deles”, disse Cachorrão.
Cachorrão ao lado do prefeito, durante a campanha/Foto: Reprodução
Após Meire obter a melhor votação como deputada, com 10 mil votos, Francisco disse que procurou Mazinho, que o chamou para uma reunião no início do ano. “Cheguei lá e ele me veio com umas conversas, me pedindo desculpas e dizendo que não podia me ajudar. Falei que não aceitava aquilo, pois ajudei na campanha dando o meu melhor”, continuou.
Ao ligar para o prefeito dias depois, outra vez cobrando o cumprimento da promessa feita, o radialista disse que foi chamado de “pilantra” e “vagabundo”. “Me chamou disso tudo e ainda disse ‘vamos marcar um encontro pra gente se acabar, nós dois’. Falei que não, pois não precisava daquilo. Fui e registrei um Boletim de Ocorrência, por ter me ameaçado de morte”, enfatizou.
O denunciante disse que entrará com uma ação no Ministério Público do Acre (MPAC), no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na Polícia Federal (PF) e no Ministério Público Federal (MPF).
OUTRO LADO
Procurado pela reportagem para comentar o assunto, o prefeito Mazinho Serafim disse que não fez ameaça ou qualquer acusação, mas que entrará com um processo contra o radialista, por danos morais e extorsão.
“Ele tem que provar. É um mentiroso. Eu não ameacei ninguém de morte. Perguntei onde ele estava e, simplesmente, quis falar com ele. Não fiz aliança com ele. Estou processando também, por extorsão e danos morais. Esse homem não tem a menor condição de representar um deputado”, declarou.
A novela entre Serafim e “Cachorrão” ainda deverá render muitos capítulos, já que os dois são famosos por gostarem de uma boa “briga”.
