Kátia Rejane volta a colocar nome sob apreciação para permanecer à frente do MP

No páreo

Depois de pensar muito, a procuradora de Justiça Kátia Rejane de Araújo decidiu buscar mais um mandato à frente do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), nas eleições de setembro deste ano. A colocação de seu nome como candidata fez com que outra procuradora, Rita de Cássia, se retirasse da disputa. Rejane deve ser candidata única.

 A um passo da inocência

O vereador Carlos Juruna, de Rio Branco, já está praticamente inocentado nas acusações de corrupção passiva e de tráfico de influência feitas pelo Ministério Público. O desembargador Laudivon Nogueira, vice-presidente do Tribunal de Justiça do Acre, aceitou os argumentos da defesa do vereador num recurso especial pedindo que a corte não recorresse ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, na acusação de tráfico de influência. A defesa vitoriosa do vereador é feita pelo escritório do jurista Valdir Perazzo.

Primeiros números

Contratado pela Rede Record, cuja afiliada no Acre é a TV Gazeta, o Instituto Real Time Big Data realizou a primeira pesquisa de opinião pública do ano sobre a preferência do eleitor da Capital em relação aos possíveis candidatos à Prefeitura no ano que vem. Foram ouvidos 700 eleitores e quem aparece à frente, como 24% das intenções de votos, é o ex-reitor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Minoru Kinpara, que ainda não se manifestou em relação ao partido pelo qual será ou não candidato.

Ex-petista

O PSDB, presidido no Estado pelo vice-governador Wherles Rocha, é o partido pelo qual o ex-reitor tem maior simpatia. Convidado por várias siglas, incluído o MDB e o nanico Podemos, Kinpara aceitou ir à sede do PSDB, no mês passado, para um café da manhã e vem admitindo que o namoro com a sigla só está crescendo. Filiado à Rede Sustentabilidade, aquele partido da ex-senadora Marina Silva, pelo qual concorreu ao Senado em 2018 e obteve mais de cem mil votos, Kinpara, se alguém não lembra, já foi presidente regional do PT.

Água no chope de Kinpara

Quem aparece em segundo lugar na pesquisa divulgada pelo Instituto real Time Big Data é a deputada federal Mara Rocha, lembrada como candidata à Prefeitura por 18% dos entrevistados. Eleita pelo PSDB, a mais votada nas eleições de 2018 e muito bem votada em Rio Branco, a deputada é irmã de Wherles Rocha e sua performance pode ser a água no chope Kinpara em relação ao PSDB. É que, se crescer, é claro que os interesses do PSDB voltam-se todos para a deputada e o ex-reitor pode ficar no meio do caminho, disse um observador da política local e partidário de Mara Rocha.

Angelim, o sobrevivente

O ex-prefeito e ex-deputado federal Raimundo Angelim, uma das vítimas do furacão que varreu a maioria dos petistas acreanos da vida pública, aprece bem na pesquisa. É o terceiro colocado, na casa dos 8%. Para quem vive a atual fase do PT no Estado, é um número bem expressivo. Coisa de sobrevivente.

Outros nomes lembrados

Na mesma pesquisa, em seguida, aparecem Roberto Duarte, deputado estadual que seria candidato a prefeito pelo MDB, com 5%, o ex-candidato ao Governo pelo PSL, coronel Ulysses, com 3%, e o secretário de Infraestrutura, Thiago Caetano, e o delegado federal do Ministério da Agricultura no Acre, Luziel Carvalho, com pouco mais de 2% – os dois últimos são filiados ao PP (ou Progressistas), partido do governador Gladson Cameli e ambos disputam a preferência do chefe do executivo.

Disposto a romper

A propósito de Luziel Carvalho, seus amigos dizem que ele é tão candidato à Prefeitura de Rio Branco que se não for o escolhido dentro do PP, sai da sigla e buscará uma outra para poder concorrer. É outro que vem do campo da esquerda. Se alguém também não lembra, Luziel já foi militante do PC do B e, ao que parece, para ele, trocar de Partido não é nenhum problema.

Todos contra Mazinho

Ainda sobre a disputa eleitoral do ano que vem, notícias de Sena Madureira dão conta de que o prefeito Mazinho Serafim (MDB), candidato à reeleição, vai entrar uma oposição unida. A eleição por lá vai ser a história de todos contra Mazinho ou Mazinho contra todos.

“Rei da Baixada”

O ex-deputado e ex-presidente da Assembleia Legislativa, Ney Amorim, ainda sem Partido, será um grande cabo eleitoral nas eleições para prefeito, no ano que vem, principalmente pela região onde cresceu e sempre militou politicamente, a chamada Baixada, composta de no mínimo dez bairros e com um potencial eleitoral muito forte. Ney pode ser inclusive candidato a vice numa chapa apoiada pelo governador Gladson Cameli. O ex-deputado é chamado de o “Rei da Baixada”.

“Zum” se recupera

Já em Assis Brasil, o prefeito “Zum” Barbosa, que já esteve ameaçado de cassação, está se recuperando e melhorando inclusive a relação com a Câmara de Vereadores. Por isso, a instalação de uma comissão especial que buscava até cassar seu mandato não deve prosperar.

Longa espera

Quem está correndo atrás dos mandatos dos deputados Doutora Juliana (estadual) e Pastor Manoel Marcus (federal), ameaçados de cassação pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), não conte com o pinto antes da ninhada. É que ambos podem concorrer no exercício de seus mandatos e isso significa que uma decisão definitiva sobre o assunto, em Brasília, pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pode demandar muito tempo. Além disso, o TSE tem sido muito criterioso quando o assunto é o respeito ao voto do eleitor.

Enfim, tomou partido

Não chamem para mesma rodada de conversas o presidente regional do PSL no Estado, Pedro Valério, e o líder do Partido na Assembleia legislativa, deputado Wendy Lima. Sempre muito calado e apontado como profissional em ser “murista” (aquele que não se posiciona nem toma partido por nada, ficando sempre em cima do muro), acaba de tomar uma posição estranha ao perfil que ele adota. Procurado por Valério na sede da Assembleia, o deputado mandou dizer que não o receberia. Ao que tudo indica, a rejeição a Valério estaria relacionada à briga do dirigente com o suplente de deputado federal Tição Bocalom.

Ferindo a CF, não!

Na Assembleia Legislativa, na sessão desta terça-feira (11), os deputados ligados à extinta Frente Popular do Acre, Daniel Zen (PT) e Edvaldo Magalhães (PC do B) deitaram e rolaram em relação ao vazamento das relações nada republicanas entre o então juiz Sérgio Moro e o procurador da República Datan Dalagnol em relação às investigações que culminaram com a prisão do ex-presidente Lula. Zen, que é mestre em Direito, disse, sobre Moro, que não se combate corrupção agredindo a Constituição Federal e que o ministro pior seu comportamento como juiz, “vai para o Inferno”, quando morrer.

Vaza Jato

E Edvaldo Magalhães foi mais contundente: “o Brasil começou a ficar diferente. Aqueles que acreditaram na primeira narrativa, terão grandes dificuldades de entender o que aconteceu debaixo dos panos, de ver suas convicções se desmancharem”, afirmou, em relação à condenação e prisão de Lula. O deputado disse que a operação da qual Moro foi juiz mudou de nome. Agora, sugeriu, deve se chamar ‘Vaza-Jato”.

O inferno de Moro e Lula

A defesa de Moro e da própria Operação Lava Jato foi feita pelo deputado Gerlen Diniz (Progressistas). Ele, que também tem formação em Direito, disse que, primeiro, é necessário que se julgue o conteúdo das conversas vazadas, e se for comprovado crime, que sejam punidos os envolvidos. O deputado de Sena Madureira também bateu no colega Daniel Zen: “se o moro vai para o Inferno, o Lula já está lá faz tempo”.

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