União Europeia e Mercosul fecham acordo comercial negociado há 20 anos

A União Europeia e o Mercosul fecharam o acordo comercial que começou a ser negociado em 1999. O anúncio oficial deve ser feito ainda nesta sexta-feira (28).

O presidente Jair Bolsonaro comemorou o acordo em publicação nas redes sociais. “Histórico! Nossa equipe, liderada pelo Embaixador Ernesto Araújo, acaba de fechar o Acordo Mercosul-UE, que vinha sendo negociado sem sucesso desde 1999”, afirmou o presidente.

“Esse será um dos acordos comerciais mais importantes de todos os tempos e trará benefícios enormes para nossa economia”, disse Bolsonaro.

No início da tarde desta sexta, o Ministério da Agricultura, em uma rede social, comemorou e chamou a assinatura do acordo de “momento histórico, aguardado há 20 anos”.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, viajaram para Bruxelas, onde as negociações se intensificaram nos últimos dias. A cidade é capital da Bélgica e uma das sedes do parlamento europeu.

O acordo de livre-comércio envolve os 28 países da UE e as quatro nações que fazem parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). Os dois blocos juntos reúnem cerca de 750 milhões de consumidores.

O secretário de Comércio Exterior, Marcos Troyjo, que está em Bruxelas e integra a equipe de negociadores, disse ao blog que esse é o maior acordo comercial já celebrado. “São 750 milhões de consumidores e um PIB de US$17 trilhões”, disse.

De acordo com informações do Ministério da Agricultura, o bloco europeu atualmente é o segundo maior parceiro do Mercosul, atrás da China. Os países sul-americanos exportam para a União Europeia principalmente produtos agrícolas. Já os europeus exportam produtos industriais, como autopeças, veículos e farmacêuticos.

Nesta quinta (27), às vésperas da reunião de cúpula do G20 no Japão, o presidente da França, Emmanuel Macron, havia dito que não assinaria nenhum acordo comercial com o Brasil se o país se retirasse do acordo climático de Paris, o que poderia ser um entrave nos trabalhos das negociações comerciais UE-Mercosul.

Nesta sexta, em conversa com Macron em Osaka, Bolsonaro sinalizou que o Brasil vai continuar no acordo do clima.

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