Nesta terça (6) comemora-se o dia do início da Revolução Acreana e também o aniversário do bairro Seis de Agosto, que completa 115 anos, mais de um século de existência. E pra comemorar essa data, uma festa bonita foi feita no bairro.
Só que nem tudo é alegria, alguns moradores antigos do bairro dizem que a comunidade não vive seus melhores dias. Para eles, o bairro parou no tempo.
Para o marceneiro Domingos Cabanelas, de 53 anos, e que mora desde que nasceu no bairro, a comunidade não sofreu muitas alterações ao longo dos anos. “O bairro meio que parou no tempo, a gente não vê muita diferença do que o bairro é hoje e o que ele era. As alagações que atingem o bairro quase ano todo é um desses entraves para o desenvolvimento da Seis, fora que ainda falta muita coisa por aqui, como saneamento adequado em algumas partes do bairro e uma segurança policial mais intensiva. E graças a Deus que a gente tem esse mercado público aqui que é o que segura o comércio do bairro, se não fosse ele, esse comércio em volta nem existiria”, disse.
O aposentado Hermógenes Farias, que mora no bairro há 23 anos seguiu a mesma linha de raciocínio do Seu Domingos. “O bairro não mudou muito, sempre foi assim, asfaltado e com todas essas casas. Mas o comércio dimunuiu um pouco, muita gente foi pra Cidade do Povo e aí fechou muita coisa aqui no bairro. E quando alaga aqui no bairro é uma luta pra conseguir alguma ajuda do poder público, é muita burocracia”, reclamou.
Já para um outro aposentado que mora há mais de 50 anos no bairro e não quiz se identificar a principal mudança no bairro foi a chegada violência. “Antes aqui era muito bom, nunca foi um bairro 100% seguro, mas a gente que era do bairro conseguia andar na rua com tranquilidade. Hoje em dia nem isso mais, com a chegada dessas facções aqui ficou muito perigoso. Era necessário mais policiais aqui no bairro, um batalhão da Polícia Militar aqui dentro e uma delegacia pra ver se dava jeito”, disse.