Em fevereiro de 2016, o deputado estadual Gehlen Diniz(PP), apresentou na Assembléia Legislativa do Acre, projeto propondo fim das pensões dos ex-governadores. Conseguiu oito assinaturas, e um ano depois, a matéria foi aprovada por unanimidade na casa sendo transformada em uma Proposta de Emenda á Constituição, PEC.
A PEC revogou o artigo 77 da Constituição Estadual que garantia o pagamento do benefício. “Naquele momento, o governo do estado já deveria ter suspendido o pagamento de todos os benefícios. Porém, esse não foi o entendimento do então governador Tião Viana, que continuou pagando. Entrei com representação na Promotoria do Patrimônio Público do Ministério Público Estadual, para que eles entrasse com ação exigindo a suspensão, mas o MP silenciou”, disse o deputado.
Três anos após a proposta e dois da aprovação, o governo do estado decidiu cumprir a lei alterada pela Assembléia e suspender o pagamento da pensão de R$ 35 mil reais para os ex-governadores e viúvas. Ao ver o resultado de um trabalho iniciado lá atrás, Gehlen Diniz se disse satisfeito.
“Fico Feliz pelo parlamento ter participado de forma tão efetiva desse ato. É inadmissível que um estado onde 50% da população tem acesso ao bolsa família, porque as pessoas são carentes, ter um grupo privilegiado com pensões tão altas, simplesmente porque em algum momento exerceram o poder executivo estadual. Isto é uma vitória de todos os acreanos . Era um anseio que isso acabasse, e já acabou tarde. Parabéns ao governador Gladson por fazer valer a lei”, comentou.
Sonho de administrar Sena Madureira
Desafeto de Mazinho Serafim, atual prefeito de Sena Madureira, onde tem sua base eleitoral, Diniz disse que administrar a cidade é um sonho que alimenta desde criança. Porém, ele falou que uma pretensa candidatura precisa seguir o passo a passo do processo, ouvindo os aliados, o partido e principalmente a base.
Gehlen confirmou que vai colocar o nome à disposição do partido para disputar o pleito, mas que irá respeitar a decisão das lideranças. Crítico ferrenho da atual administração, ele criticou Mazinho por não cumprir acordos políticos e disse que o gestor enfrenta desgaste dentro da base, com alto índice de reprovação popular.
“Existe uma ditadura velada no município, onde as pessoas têm medo de se manifestar. Mas o sistema é democrático, e temos que aceitar a decisão da maioria. Sem entenderem que tenho condições de fazer esse trabalho, vamos ficar agradecidos. Eu penso diferente do atual gestor, mas minha candidatura será democrática, não impondo”, pontou.