A filha de Chico Mendes, Ângela Mendes, acompanhada de outros ambientalistas e representantes de entidades e articulações envolvidas com a defesa do meio ambiente, foi até o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) na segunda-feira (02), para pedir à instituição providências para cessar e apurar responsabilidades no aumento de crimes ambientais no Acre.
Os ambientalistas destacam a preocupação com o aumento expressivo das taxas de desmatamentos e queimadas, que causam prejuízos ambientais e socioeconômicos e demais evidentes danos à coletividade, como problemas de saúde na população e prejuízos nos sistemas de produção rural e florestal causados por incêndios descontrolados.
“Viemos trazer esta representação para que o MPAC apure se há alguma responsabilidade de ente estatal, de algum agente público, por atuação ou omissão, nessa situação”, disse o advogado e agrônomo Gumercindo Rodrigues.
“O MPAC é um parceiro nesses casos e esperamos que possa agir embasado nas nossas denúncias e que, de alguma forma, nos ajude também enquanto sociedade a ter uma resposta sobre o que está acontecendo. Que coloque à nossa disposição ou exija dos órgãos ou gestores providências práticas no sentido de minimizar esse problema”, acrescentou Angela Mendes, que é coordenadora do Comitê Chico Mendes.
O coordenador do Centro de Apoio Operacional (CAOP) de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania do MPAC, procurador de Justiça Sammy Barbosa, recebeu o documento e se prontificou a encaminhá-lo à Promotoria do Meio Ambiente para que sejam tomadas as providencias cabíveis, em conjunto com outros procedimentos já instaurados pelo órgão.