Delegado Rêmulo Diniz é denunciado pelo MP e órgão pede perda do cargo

O delegado de Polícia Civil Rêmulo Diniz foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), através do Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gacep), pelos crimes de peculato, ocultação de documento público, fraude processual e inclusão de declaração falsa enquanto esteve à frente da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Rio Branco.

A denúncia foi oferecida na 2ª Vara Criminal da comarca de Rio Branco. A investigação reuniu provas que indicam que o delegado de polícia usou o cargo para cometer uma série de crimes em proveito próprio. De acordo com a denúncia, Rêmulo Diniz se apropriou de R$ 3.584,00 encontrada com Adriano Linhares de Freitas, morto por disparos de arma de fogo, em 2017.

O dinheiro havia sido encaminhado pela perícia ao cofre da delegacia, mas a devolução aos familiares foi negada pelo delegado, sob o argumento de que a origem lícita não teria sido comprovada. Ainda de acordo com a denúncia, o delegado teria se dirigido pessoalmente à sala-cofre e retirado todo o dinheiro para uso próprio.

Ele ainda teria ocultado o inquérito policial do homicídio por quase quatro meses, para impedir o trâmite regular dos autos, além de ter atuado com a intenção de induzir a erro e produzir efeito em processo penal ao assinar uma portaria para apurar o desaparecimento tanto do dinheiro quanto do inquérito, atribuição que seria da Corregedoria da Polícia Civil.

Mesmo sem responder mais pela DHPP, o delegado teria ido à unidade policial e, sem conhecimento do delegado titular, teria inserido uma declaração falsa para dar a impressão de que teria adotado as providências legais sobre o desaparecimento do dinheiro.

Além da responsabilização do delegado pelos delitos e aplicação das sanções do Código Penal, o MPAC pede a perda do cargo público e a fixação de um valor mínimo para reparação de danos causados à administração pública.

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