A vereadora Geane Silva (PDT), de Capixaba, disse, nesta terça-feira (24), que a nota pública do prefeito do município, Antônio Cordeiro “Joãozinho” (MDB) acusando vereadores de chantagem e extorsão contra a Prefeitura, foi uma forma de intimidar a Câmara para não prosseguir com as investigações sobre as finanças do município. A vereadora é a relatora da Comissão Especial de Investigação(CEI), que funciona como uma CPI municipal, que vai investigar as relações suspeitas do prefeito e de assessoras de sua confiança com o pagamento de pessoas que não trabalhavam para o município mas, mesmo assim, eram registradas como servidores comissionados e os recursos oriundos de tais contratos iriam ara nas contas de gente ligada ao prefeito.
Seriam os chamados “laranjas” e a CEI em Capixaba já é conhecida entre a população como a “CPI do Laranjal”. O prefeito “Joãozinho” está no cargo porque era o vice-prefeito do prefeito José Augusto, afastado do cargo pelas mesmas acusações de corrupção agora registradas contra ele.
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A CEI, criada e montada na semana passada, já começou a trabalhar e a incomodar ao prefeito, que reagiu com uma nota pública tentando intimidar os vereadores, disse Geane Silva. “Eu particularmente, não tenho medo do prefeito nem das pessoas que o acompanham. Estou consciente de que estou cumprindo com o meu dever de legislar e fiscalizar o município”, disse a vereadora. A CEI tem 60 dias para concluir seus trabalhos.
Capixaba é uma cidade relativamente pequena, onde todo mundo acaba se encontrando, mas a vereadora e o prefeito ainda não se encontraram depois que as desavenças entre “Joãozinho” e os membros da CEI que vão investigá-lo, se tornaram públicas. “Eu, se encontrá-lo na rua, vou cumprimenta-lo e tratá-lo com a urbanidade que ele merece. Minha questão, apesar de suas ofensas naquela nota assinada por ele, não é pessoal. É técnica e profissional e vou exigir que ele me conceda o mesmo tratamento respeitoso”, disse Geane Silva.