Familiares do menino Rhuan, torturado e morto em Brasília, são ouvidos pela justiça

Pelo menos dez pessoas estão sendo ouvidas, desde as 12 horas desta segunda-feira (14), na sede do Juizado Especial Criminal da Comarca de Rio Branco, através do sistema de carta precatória, no processo que investiga a morte do menino Rhuan Maicon, de 9 anos, morto em maio deste ano, em Samambaia, no Distrito Federal (DF). Todos os ouvidos são parentes do menino, assassinado pela própria mãe, Rosana Auri da Silva Cândido, com ajuda de sua namorada Kacyla Pryscila Santiago. As duas acusadas, que seguem presas no Distrito Federal, são acreanas de Rio Branco.

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Carta precatória é um principio do Direito em que um juiz de um Estado pede que um colega em outra unidade da federação, faça aquilo que a autoridade interessada não pode fazer por causa da distância e por falta de jurisdição. O promotor de Justiça Getúlio Barbosa de Andrade disse que os depoentes estão sendo ouvidos na condição de testemunhas, porque tinham vínculos de parentesco com a vitima e com os acusados.

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As investigações apontam que Rosana Auri da Silva Cândido e sua companheira Kacyla Pryscila Santiago assassinaram o menino e esquartejaram o corpo, acondicionando as partes decepadas em mochilas escolares e queriam jogar o que restou do corpo num córrego das imediações da casa em que o crime aconteceu, no dia 31 de maio deste ano.

As duas mulheres vão a júri popular em Samambaia, pelos crimes de homicídio qualificado, lesão corporal gravíssima, tortura, ocultação e destruição de cadáver, e fraude processual. O Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) sustenta que o crime foi planejado pela mãe do menino e a causa seria torpe, para economizar nas despesas de casa.

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