Em um ranking publicado na última semana sobre a qualidade das rodovias do país, pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), o Acre ocupa o 2º lugar com as piores estradas e péssimas condições de trafegabilidade. O levantamento leva em consideração aspectos como sinalização, pavimento e geometria das estradas.
Em um recorte de 1.046 km das rodovias federais que passam pelo estado (BR-317 e BR-364), os dados mostram que 99,3% apontam para uma qualidade péssima, ruim ou regular e apenas 0,7% indicam ótimo ou bom. Ainda com base nos dados, as rodovias pesquisadas também apresentam problemas na geometria (que envolve a presença de acostamento, entre outras características), além dos maiores problemas relacionados à falta de acostamento.
O Amazonas tem o pior estado geral da malha viária do Brasil. Todas as rodovias avaliadas apresentam algum tipo de deficiência no pavimento, na sinalização ou na geometria da via. O Acre tem o maior aumento no custo operacional devido às condições do pavimento (66,3%), seguido por Amazonas (56,5%) e Pará (38,2%). A média nacional é de 28,5%.
Consequências graves
Em uma semana, neste mês de outubro, vários acidentes foram causados nas BRs 364 e 317, por conta dos inúmeros buracos espalhados pelas estradas. À reportagem do ContilNet, no último dia 17, taxistas do município de Sena Madureira comentaram o assunto e consideraram que as crateras “engolem os veículos”.
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Um dos acidentes registrados no trecho deixou uma vítima fatal, a jovem Gleyce Kelly Pinheiro, de 33 anos. Natural de Brasiléia, Kelly Pinheiro morreu na estrada para Sena quando viajava de moto com o marido, no feriado do último dia 12 de outubro. Seu esposo, que pilotava a moto, sobreviveu.
Na mesma semana, uma ambulância que transportava uma mulher indígena grávida, uma criança de menos de um ano de idade e o pai, caiu em uma ribanceira na lateral da estrada, próximo ao município de Bujari, quando o motorista perdeu o controle do veículo, por causa da buraqueira. Todos sobreviveram e, por pouco, nada mais grave aconteceu, de acordo com os médicos que socorreram as vítimas.