A Prefeitura de Rio Branco realizou na manhã desta terça-feira (29), um ato de celebração ao mês da criança (outubro), com direto a bolo e recreação entre pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), familiares e profissionais de saúde que irão atuar no Centro de Atenção ao Autista, anexo a Policlínica Barral y Barral.
O Centro foi inaugurado pela prefeita Socorro Neri há dois meses, visa identificar pessoas com autismo, compreender melhor esse transtorno e proporcionar tratamento adequado. Segundo o secretário de saúde de Rio Branco, Oteniel Almeida, a Prefeitura desenvolveu uma série de atividades em alusão ao Dia da Criança (12 de Outubro), que se estendeu por todo mês.
Oteniel destacou o esforço da prefeita Socorro Neri para ofertar as condições necessárias à Secretaria de Saúde para capacitar toda equipe multidisciplinar de apoio ao autista. “Nossa meta é selecionar 80 crianças de 2 a 12 que já tenham o laudo desse transtorno para que possam receber a terapia adequada no Centro de Atenção ao Autista”, explicou.
Danielli Rocha é mãe de dois filhos um dos quais tem cinco anos de idade e é autista. Ao comentar sobre o Centro de Atenção ao Autista disse: “minha expectativa é melhor possível. Como mãe, tenho certeza que vai ajudar muito, porquê, aqui vamos contar com uma variedade de especialistas que irão ofertar de graça as orientações que eles precisam para o pleno desenvolvimento. O Centro é uma casa de inclusão, não só para as crianças com esse transtorno, mas também para os pais”.
Outro ponto a ser destacado é que parte dos autistas, em grande medida, não tem diferenciações físicas externas. Então, quando vai em busca de um atendimento preferencial, existe, muitas vezes, constrangimento.
A Organização Mundial de Saúde estima que 1 em cada 160 crianças tenha Transtorno do Espectro do Autismo no mundo. Ainda há carência de estudos que apontem esta estimativa para a população brasileira.
“O espaço vai oferecer um serviço pioneiro no Acre. Uma equipe composta por psicólogos, fisioterapeutas ocupacional, fonoaudiólogos, enfermeiros e assistente social estará à disposição da sociedade para trabalhar na reabilitação da criança com autismo”, ponderou a psicóloga Rosemyra Monteiro.