Acreano precisa investir 1,25% do salário por mês durante 10 anos para pagar enterro

O mercado funerário brasileiro movimenta grande quantidade de dinheiro, é que apontam dados do Sindicado dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Sincep). O setor faz girar cerca de R$ 7 bilhões ao ano, com tendência de crescimento, além de ser responsável por empregar mais de 40 mil pessoas no Brasil.

Mas bancar um enterro não é barato, como mostrou um levantamento publicado na semana passada pela plataforma “Bons Investimentos”, que apontou que para pagar os custos com o velório, o acreano precisa trabalhar 45 dias, já no Brasil essa média cai para 39 dias. Isso levando em conta a renda média de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Outro dado apontado pela pesquisa é o valor que é preciso investir mensalmente para arcar com os custos médios de um enterro, que é de R$ 2.500,00, considerando diferentes prazos de investimento. Uma informação relevante para quem quer bancar o enterro a longo prazo. Em um período de 10 anos o investimento seria de R$ 20,99 por mês. Em 20 anos o valor cai para R$ 10,31 por mês, em 30 anos vai para R$ 6,60 por mês, em 40 anos para R$ 4,65 por mês, em 50 anos para R$ 3,43 por mês e em 60 anos para R$ 2,59 por mês. Com um rendimento médio de R$ 1.678,00, o acreano que quiser bancar o enterro no prazo de 10 anos precisa investir 1,25% do salário por mês durante o período.

Esses números servem sobretudo para quem pensa em fazer um plano funerário e pretende realizar as comparações, considerando a realidade famíliar. Uma alternativa apontada pela plataforma é a cremação, alternativa adotada por apenas 9% das pessoas no Brasil. Um número ainda tímido quando comparado ao de países como Estados Unidos, onde 50% das pessoas são cremadas, ou Japão, com a altíssima cifra de 99% dos falecidos cremados.

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