A décima edição do Festival Internacional Pachamama – Cinema de Fronteira já iniciou a contagem regressiva para começar, a abertura ocorre no próximo sábado (16) e o festival dura até o dia 23 de novembro. Criado em 2010, em suas primeiras nove edições o festival já movimentou um público de mais de 90 mil pessoas e é considerado um dos principais eventos de mostras de filmes na Amazônia.
Neste ano o homenageado será o cineasta boliviano Jorge Sanjínes, que tem mais de 50 anos de carreira, e é premiado nos festivais de Berlim, Veneza e Locarmo. Serão exibidos cinco filmes do diretor durante o festival: Ukamau (1966) ,Yawar Mallku (1969), El coraje del Pueblo (1971), El enemigo principal (1974) e La Nación Clandestina (1989).
A programação contará com 55 obras, entre longas e curtas de ficção e documentários de realizadores de vários países da América Latina. Com o tema “Território Livre e Sem Censura”, o festival será realizado nos espaços do Cine Recreio, Filmoteca Acreana, Sesc-Acre e Theatro Hélio Melo, todos em Rio Branco.
Para a abertura do festival foi escolhido o documentário “Abismo Tropical”, dirigido por Paulo Caldas e que retrata a angústia de um artista no dia das eleições presidenciais de 2018. Um testemunho em primeira pessoa, com questionamentos existenciais e estéticos. O diretor/narrador faz reflexões sobre o tempo, dilatando o presente, beirando a queda livre num futuro incerto. A exibição ocorre às 19h no Cine Recreio.
Cerca de 800 filmes atenderam a convocatória do festival e foram avaliados pela curadoria até alcançar a seleção final dos 55 filmes. A grade de filmes montada pelo diretor de programação Sebastian Morales e curadoria de Marcelo Cordero (Bolívia), codiretor e programador do festival, Marcelo Miranda (Brasil) e José Carrillo (Peru). Muitas das obras cinematográficas selecionadas farão sua estreia no Brasil no festival.