Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (27), o secretário de Justiça e Segurança Pública do Acre, Paulo Cézar, esclareceu as informações e especulações que estão sendo divulgadas nas redes sociais desde a última sexta-feira (22) sobre os confrontos entre facções criminosas em bairros periféricos de Rio Branco.
“A realidade que vivemos atualmente no estado, com relação a onda de crimes e combates, não é exclusivo aqui, mas também acontece em toda a América Latina, principalmente do narconegócio. Mas, me preocupa muito a forma como isso tem chegado à sociedade”, explicou o secretário.
Na ocasião, Paulo Cézar disse que uma série de medidas estão sendo tomadas pela pasta, para coibir as ações criminosas.
“Temos uma responsabilidade muito grande. Elas [as medidas] não iniciaram após esses últimos ataques, mas desde janeiro, quando iniciamos no comando da Segurança e percebemos os problemas. Apresentamos um melhor enfrentamento dentro dos ambientes prisionais, melhor aparelhamento dos setores de segurança e a condução correta dentro dos presídios e espaços socioeducativos, por parte dos gestores escolhidos. Diferente do que acontecia nas gestões passadas, não ficamos responsabilizando o governo federal pelos crimes que ocorrem aqui, mas mostrando, por exemplo, com o programa de Vigilância instalado em Cruzeiro do Sul, para acabar com a onda de facções, que algo está sendo feito”, explicou.
O secretário, ao abordar as ações desencadeadas, pontuou as inúmeras operações deflagradas no interior e na capital que resultaram em apreensões de drogas e armas.
Paulo Cézar pediu o apoio da imprensa, no sentido de ajudar a polícia nas investigações com as publicações, diante dos crimes de roubo, homicídio e outras formas violentas.
“Queremos que a imprensa noticie o que de fato aconteceu, para que ela atue na sua função e contribua com o estado, no sentido de investigar os crimes e identificar os envolvidos. Um exemplo bom disso é o de que pelo menos 90% dos veículos aprendidos e noticiados na imprensa, foram recuperados. O que não podemos fazer é perder tempo com informação que não tem utilidade, como noticiar saída de integrantes de um grupo para outro. Isso é ‘bandidolatria’. Devemos tratá-los como bandidos, pois de fato são”, comentou.
Ao final da entrevista, esclareceu que embora existam os dados e notícias comprovando uma onda de crimes, a Segurança vem intervindo de forma “dura” e “correta”.
“Existe uma intervenção dura com relação ao crime no Acre. Não queremos trabalhar com sensacionalismo, mas com a inteligência, transparência e ética profissional”, finalizou.
Participaram também da coletiva o delegado-geral de Polícia Civil, Henrique Maciel, e o comandante-geral da Polícia Militar do Acre, coronel Ulysses Araújo.