Chove em Rio Branco desde a noite de quinta-feira (12) atrapalhando a vida de quem precisou sair cedo para trabalhar, estudar ou resolver problemas diversos no centro, por exemplo. Mas o que é problema para uns, pode ser a maravilha de outros. Nesse caso, a chuva acaba por se tornar o motivo que impulsiona a venda de guarda-chuvas pelo comercio informal.
Alguns desses empreendedores esperam superar a venda de mil unidades se a chuva continuar pelo restante do dia.
Esse é o caso de Gilson Braga, que das primeiras horas da manhã até por volta das 8 horas, já havia vendido mais de 200 guarda-chuvas a um preço que varia de R$ 15 a R$ 30.
“Eu comecei cedo para aproveitar os clientes que vêm para o trabalho logo nas primeiras viagens dos ônibus. E vou ficar aqui até o fim do dia. Se a chuva continuar assim, espero vender mais de mil ainda hoje”, disse o ambulante.
O ponto escolhido por Gilson privilegia o seu negócio. Ele improvisou uma banca ao lado de uma das saídas do terminal urbano, no centro da cidade. Por ali transitam, em média, 50 mil pessoas todos os dias.
Já Jamila Pereira não teve a mesma sorte na escolha do ponto. Ela tem uma banquinha que vende produtos diversos ali na avenida Brasil, ao lado da antiga agência do Banco do Brasil, próximo à OCA. Até às 8 horas, tinha vendido uma média de 12 guarda-chuvas, mas disse esperar que esse número cresça bastante ao longo do dia.
“Nesses dias em que a chuva começa cedo, as pessoas costumam trazer guarda-chuvas de casa. Bom mesmo é quando a chuva começa lá penas 9 horas e pega as pessoas de surpresa no centro. Daí, a gente costuma vender bem-mais”, reclamou Jamila.
Entre os clientes de Jamila e Gilson estão pessoas como Juliene Tavares, moradora da Cidade do Povo. Ela comprou um guarda-chuva de R$ 15 nas mãos de Jamila e considerou o preço acessível.
“Acabei tendo que comprar um porque vou andar muito aqui pelo centro. Mas considero que o preço está caro. Está dentro limite do nosso bolso”, disse Juliene.
Também da Cidade do Povo, Ana Paula de Albuquerque se disse obrigada a comprar um guarda-chuvas por ter perdido o que tinha já há algum tempo.
“A gente perde muito, daí tem que comprar um novo sempre que tem chuvas forte. Hoje é o caso”, reclamou Ana Paula.