O diretor Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), Lucas Gomes, se manifestou sobre a paralisação dos policiais penais, em Rio Branco, nesta quinta-feira (16). Segundo ele, o ato se agravou devido a saída dos policias militares dos presídios estaduais, após a aprovação da PEC da Policia Penal.
“Grandes poderes geram grandes responsabilidades, essa manifestação se gerou inicialmente após a saída da Polícia Militar dos presídios, o que em tese sobrecarregaria o serviço do policial penal, a gente sabe que com a aprovação da emenda constitucional, a permanência da PM é inconstitucional”, explicou.
Gomes disse que a realização de um concurso provisório de policiais penais, também se configura ato de inconstitucionalidade, por isso algumas ações estão sendo tomadas pela instituição. “O que devemos fazer hoje é usar os recursos que a gente temos, mesmo com a abertura de um concurso, isso demoraria em média um ano e meio até a convocação, portanto, estamos convocando os policiais que se encontram cedidos há órgãos do governo, para que a gente possa fazer um incremento operacional nos presídios onde temos maior necessidade, como é o caso da FOC em Rio Branco”, destacou.
O diretor ressaltou em sua fala que o movimento é legitimo, porém, rechaçou a atitude dos policiais em fechar avenidas importantes, tendo em vista que o governo está aberto ao diálogo. “Estou aberto a conversas com o sindicato, mas não havia necessidade de fechar a rua e dificultar o trânsito das pessoas que precisam utilizar a via para os seus afazeres”, salientou.