Coronavírus desafia a ciência e gestores de risco

Muito tem se falado no Coronavírus, contagioso, que espalhou-se pela China nesse mês de janeiro e já infectou pessoas de 13 países. No Brasil, há três suspeitas envolvendo cidadãos de Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Contudo, os casos brasileiros ainda não foram confirmados.

Diante dos casos e da preocupação das autoridades para combater a doença, pesquisas estão sendo feitas com intuito de entender mais sobre esse vírus pouco conhecido pela ciência.

Um relatório do Imperial College London concluiu que cada pessoa infectada pela doença poderá transmitir o vírus para 1,5 a 3,5 pessoas. De acordo com a pesquisa, as medidas de combate e controle são fundamentais para o diagnóstico rápido.

O documento sugere que medidas de controle precisam bloquear bem mais de 60% da transmissão para serem eficazes na prevenção do surto e manter o equilíbrio da saúde pública.

Nas áreas afetadas, é preciso ter comportamentos de redução de risco. Medicamentos antivirais e vacinas são imprescindíveis, visto que especialistas em gestão de riscos ainda não identificaram como o vírus é transmitido, além da contaminação pelo ar.

Até o momento não está claro se a China vai ter capacidade de conter o surto, pois as incertezas sobre a gravidade do vírus contribuíram para a demora do alerta para a população. Mesmo os casos com sintomas relativamente leves são capazes de transmitir o vírus com eficiência.

O relatório destacou, também, que a maioria dos casos está ligada à exposição em um mercado de frutos do mar em Wuhan, que está fechado desde o começo deste mês, para conter o surto.

Quais são os sintomas do Coronavírus?

As pessoas diagnosticadas com coronavírus relatam sintomas parecidos com o da gripe, como febre e dificuldade de respirar. No entanto, nos pacientes mais graves, há registro de pneumonia, insuficiência renal e síndrome respiratória grave.

Um dos sinais de alerta é saber se a pessoa esteve em um dos locais infectados em menos de 15 dias. Até o momento, 2.794 pacientes em 13 países foram diagnosticados com o vírus que teve origem em Wuhan, cidade chinesa. Até agora foram confirmadas 106 mortes na China.

O coronavírus também foi registrado na Europa, com três casos confirmados na França. Já na América do Norte, são três casos nos Estados Unidos e um no Canadá. Até o momento, no Brasil, três casos suspeitos foram identificados, sem confirmação, nas cidades de Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR) e São Leopoldo (RS).  Com isso, o Ministério da Saúde no Brasil classificou o risco de contaminação no país para iminente.

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