Em 2019, geração de empregos com pequenos negócios foi 22% maior que 2018

O ano passado foi o melhor dos últimos cinco anos para os pequenos negócios no Brasil, informou, na manhã desta quarta-feira (29), em Brasília, o empresário acreano George Teixeira Pinheiro, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (Cacb). O dirigente classista e empresário fez a análise com base em informações do Sebrae, o qual divulgou que as pequenas empresas alcançaram em 2019 um resultado 22% superior ao registrado em 2018 em números de emprego. O Acre participou do crescimento com a criação de mais de 350 novas vagas no mercado de trabalho.

De acordo com Pinheiro, isso significa maior desempenho na geração de vagas de trabalho formal superior ao registrado pelas médias e grandes empresas, resultando no melhor saldo de empregos formais para esse segmento dos últimos cinco anos. Segundo análise feita a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, os pequenos negócios terminaram o ano com um saldo de 731 mil postos de trabalho, número 22% acima do registrado em 2018. Já as médias e grandes empresas encerram o ano com um saldo negativo de 88 mil vagas, quase o dobro do registrado em 2018.

Em todos os setores da atividade econômica, em 2019, os pequenos negócios registraram saldos positivos de emprego, com destaque para o setor de Serviços, que gerou um saldo de quase 400 mil postos de trabalho, mais da metade dos empregos criados por esse nicho de empresas em 2019. Já as médias e grandes empresas registraram saldo positivo de emprego em apenas um único setor: a Extrativa Mineral (+3.480).

Para George Pinheiro, isso mostra a força e a importância estratégica dos pequenos negócios para a economia do país. O saldo de empregos gerados pelos Pequenos Negócios sinaliza uma continuidade da retomada da economia do país e mostra que por mais um ano, foram as pequenas empresas que sustentaram a geração de novos postos de trabalho com carteira assinada.

No último mês de 2019, como ocorre em todos os meses de dezembro, devido principalmente aos desligamentos dos trabalhadores temporários, as empresas brasileiras registraram saldos negativos de emprego, ou seja, mais demitiram do que contrataram. As Médias e Grandes Empresas (MGE) fecharam 155,8 mil postos de trabalho, enquanto as Micro e Pequenas Empresas extinguiram 136,1 mil vagas. No total, considerando também a Administração Pública, foram extintos 307,3 mil postos de trabalho no mês de dezembro. Isso não impediu, no entanto,  que os pequenos negócios fechassem o ano com o saldo positivo.

Os Pequenos Negócios registraram, em dezembro de 2019, saldos positivos de empregos no Comércio (14.726 empregos) e no setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública (376 vagas), que engloba o saneamento básico e energia elétrica.

No Acre, a evolução foi de exatos novos 353 novos empregos nesta escala de evolução e foi o melhor resultado dos últimos oito anos para empregos com carteira assinada, atestou também o Caged, órgão do Ministério da Economia que mede a oscilação do emprgo e desemprego no país. Esse crescimento em 2019 foi apresentado depois de um saldo negativo de 961 empregos a menos em 2018. “Foi, portanto, o melhor resultado desde 2011”, disse o economista Orlando Sabino, que presta assessoria às entidades vinculadas à CABC. O resultado é o saldo – ou seja, a diferença entre contratações e demissões. Em 2019, foram 27.927 admissões contra 27.574 desligamentos.

No mês de dezembro, quando tradicionalmente há mais demissões, foram fechadas 559 vagas de empregos formais no estado. Os serviços, que inclui hotéis, bares e restaurantes, foi o setor que mais contratou. Somente três dos oito setores da economia englobados pelo CAGED registraram saldo positivo no ano passado: a indústria de transformação (151), a construção civil (148) e os serviços (345).

Em comparação com 2018, houve forte melhoria na abertura de postos nos serviços. O destaque negativo é o setor do comércio que, em 2018, apresentou um saldo de emprego positivo de 269 e, em 2019, apresentou um saldo negativo de menos 129 empregos.

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