Estado, PF, PRF e Depen criam força-tarefa para combater criminalidade

Mais um importante esforço no enfrentamento à violência foi selado nesta quarta-feira, 19. A parceria inédita entre o Governo do Estado do Acre, Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Departamento Penitenciário Nacional (Depen) deu origem à Força-Tarefa Acre. Por meio de um conjunto de ações voltadas para a Segurança Pública, a iniciativa visa intensificar o combate contra à criminalidade, sobretudo, às organizações criminosas.

O governador Gladson Cameli disse durante seu pronunciamento que o restabelecimento da ordem e da paz social é tratada com extrema prioridade em sua gestão. Lembrou ainda que a atual situação é fruto da ineficiência e falta de políticas públicas acumuladas nos últimos anos. O chefe do Executivo foi enfático ao afirmar que jamais fugiu das suas responsabilidades e que o Estado, diante das atuais circunstâncias, precisa somar forças para superar a crise na Segurança Pública.

“A assinatura deste termo de cooperação que celebra a criação da Força-Tarefa Acre já é um resultado concreto do programa Acre pela Vida e mais um duro golpe contra a criminalidade. O Estado, por meio da secretaria da Justiça e Segurança Pública, soma suas forças com a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e o Departamento Penitenciário Federal no enfrentamento das organizações e associações criminosas e combate aos crimes de tráfico de drogas e armas, lavagem e ocultação de bens, entre outros crimes”, enfatizou.

“Quero deixar o meu agradecimento público a estas três renomadas instituições pela grande ajuda que darão ao Estado e eu não tenho dúvida dos excelentes resultados que a força-tarefa trará para a Segurança Pública e a população de um modo geral. A União tem sido uma parceira do Acre e aqui temos mais uma prova desta relação democrática e respeitosa”, completou o governador Cameli.

Força-Tarefa Acre

A Força-Tarefa Acre é coordenada pela Polícia Federal e conta com o apoio integrado das demais instituições. Focada em investigações complexas, o objetivo da missão é investigar associações e organizações criminosas; tráfico de drogas e armas; delitos de furto, roubo e receptação de cargas e valores; lavagem e ocultação de bens; entre outros crimes. O acordo terá a duração de cinco anos.

“Vamos criar um ambiente investigativo com representantes de todos os órgãos de investigação para que possamos alcançar resultados mais eficientes. Vai funcionar aqui no âmbito da Polícia Federal, vamos entrar com a infraestrutura, recursos, materiais e cada um dos órgãos vai entrar com até dois policiais para integrar essa grande equipe de investigação”, explicou a superintendente da PF no Acre, Diana Calazans Mann.

Atuando nas duas principais rodovias federais que cortam o Acre, as BRs 317 e 364, a PRF tem papel fundamental no controle, fiscalização e repressão ao crime. De acordo com o superintendente do órgão, Getúlio Azevedo, além do destacamento de agentes, um dos objetivos da Polícia Rodoviária Federal é ampliar sua presença no estado por meio da implantação de novos postos policiais.

“A Polícia Rodoviária Federal irá colaborar com nossos agentes nas atividades de inteligência e na construção do conhecimento de inteligência, que vai nos servir na atividade finalística. Dentro da nossa estrutura, estamos destinando recursos para ampliação da nossa base em Xapuri e nossa intenção é fazer a implantação de uma unidade em Cruzeiro do Sul ou, pelo menos, integrarmos o programa Vigia para ter uma base operacional naquela cidade”, declarou Getúlio Azevedo.

O secretário estadual da Justiça e Segurança Pública, Paulo Cezar Rocha dos Santos, explicou que o modelo utilizado no Acre é semelhante ao adotado pelo Paraná no ano anterior. Os resultados alcançados naquele estado foram exitosos, principalmente contra as organizações criminosas que atuam na região de fronteira com o Paraguai.

“A fronteira terá um olhar especial, tendo em vista que o grande objetivo da presença dessas organizações criminosas em território acreano se dá em face a facilitação logística de fornecimento de entorpecentes para outros locais do país. A grande força de execução das operações, agregada a toda essa força-tarefa será exatamente o Gefron”, pontuou.

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