Com medo de serem varridos pelas urnas, petistas buscam novos espaços no Acre

Vítimas da maior derrota eleitoral na disputa de 2018, uma verdadeira varredura política de que se tem notícia na história, os petistas começam a se movimentar e se bandear para outras siglas para garantir espaço e a própria sobrevivência política. Na disputa eleitoral deste ano, pelo menos três petistas de carteirinha e mandatos deverão disputar prefeituras e o cargo de vice por siglas anteriormente inimaginável para quem se dizia de esquerda.

Um desses casos deve se registrar em Bujari, município nos arredores de Rio Branco, distante 23 quilômetros. Ali, o atual vereador petista Adaildo Oliveira está deixando a sigla para se filiar ao PP, partido em que está o atual prefeito Romualdo, que deve ser candidato à reeleição. A filiação de Romualdo, que foi eleito pelo PC do B ainda na coligação conhecida como Frente Popular do Acre (FPA), realizada no ano passado, ocorreu sob pressão. É que a presidente do PP em Bujari, ex-vereadora Maria Zilmar da Rocha Paiva, que também é pré-candidata à prefeita do município. Ela teria os 12 votos dos convencionais locais e as bênçãos da presidente regional do PP, senadora Mailza Gomes,

Com isso, as dificuldades do prefeito Romuldo para garantir a vaga de candidato aumentam, principalmente com a saída do vereador Adaildo Oliveira do PT para o PP. Aliados de Zilmar Paiva divulgaram na cidade que o ex-comunista Romualdo e o ex-petista Amarildo querem reeditar a Frente Popular no município com outro nome e em pleno Governo dos Progressistas.

Leila Galvão/Foto: Reprodução

De Bujari para Brasileia, no Alto Acre, a corrida dos petistas pela sobrevivência também é grande. A começar pela ex-prefeita e ex-deputada petista Leila Galvão. Ela estaria de mala e cuia pronta para de novo embarcar no MDB, partido ao qual já foi filiada e vereadora, para disputar o mandato de prefeita com sua ex-aliada Fernanda Hassem, que continua no PT e é uma das prefeitas mais bem avaliadas do Estado e com chances de reeleição.

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Fernanda Hassem/Foto: Reprodução

Do outro lado do rio Acre, as dificuldades são do MDB

Em Epitaciolândia, outro município do Vale do Acre, a dificuldade é do MDB, o mais tradicional partido da região que á tem pré-candidatos definidos em Xapuri (o advogado Venicius) e em Assis Brasil (o bancário Albuquerque) e está em busca de definição em Brasiléia (com a ex-prefeita petista Leila Galvão).

A montagem de uma chapa do MDB para enfrentar o prefeito Tião Flores (PP), candidato à reeleição, ou mesmo o delegado de polícia civil Sérgio Lopes (PSDB), esbarrou, nos últimos dias, no pré-candidato Everton, do PSL. O auditor fiscal A. Torres, presidente da municipal do MDB, pretendia montar uma chapa com o PSL na condição de vice, mas, até a tarde desta segunda-feira (17), as negociações estacam empancadas. A direção regional do MDB quer uma candidatura própria em Epitaciolândia, com o ex-prefeito José Ronaldo ou do pecuarista Rodrigo.

Torres, presidente do MDB de Epitaciolândia/Foto: Reprodução

Torres tem demonstrado chateação por ter informações de que está havendo reuniões do MDB para discutir o futuro do partido do município sem conhecimento da executiva municipal. “Isso é ilegal”, disse Torres, ao admitir que há convites de outros partidos para que ele seja candidato a prefeito.

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