Gladson defende operação da PF: “O povo não aguenta mais pagar a conta da corrupção”

O governador Gladson Cameli (Progressistas) declarou ao ContilNet nesta quinta-feira (5) ser totalmente favorável à uma operação da Polícia Federal realizada nas primeiras horas, no intuito de investigar irregularidades em contratos da saúde pública do Estado do Acre.

Segundo o chefe do Executivo, toda investigação é bem vinda e disse que se as investigações forem para desmontar falcatruas, ‘é bem vinda’.

“Tudo que há irregularidades devem ser investigado. Eu defendo que seja apurado porque o povo não aguenta mais pagar por conta da corrupção”, declarou.

Cameli destacou que irá contribuir para as investigações da PF, haja vista que, denunciou o esquema de um cartel na Sesacre em 2019. “Tudo que puder fazer para ajudar eu farei, além de respeitar o trabalho das instituições. Que eles façam o trabalho, doa a quem doer”, concluiu.

O governador disse que busca colaborar com todas as investigações/Foto: ContilNet

Entenda a Operação:

A “Operação Monturo” em que se investiga supostas fraudes em contratos de recolhimento e descarte de lixo hospitalar firmados pela Secretaria de Saúde do Acre (SESACRE). Estão sendo cumpridos 06 (seis) mandados de busca e apreensão nas cidades de Vilhena/RO e Rio Branco/AC, além disso, 08 (oito) pessoas estão sendo intimadas para prestarem esclarecimentos.

Os contratos sob suspeita foram firmados nos anos de 2017 e 2018 e tinham por objeto a coleta, transporte e tratamento do lixo hospitalar de vários municípios do Estado do Acre. Dentre as irregularidades identificadas está a simulação de uma situação emergencial para contratar os serviços por meio de dispensa de licitação, favorecendo a empresa investigada. Enquanto isso, o andamento do procedimento licitatório se prolongou por mais de dois anos em virtude de atrasos injustificados. Em contrapartida, a empresa favorecida distribuía vantagens indevidas a ex-funcionários públicos.

A investigação foi realizada em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU). Em trabalhos de fiscalização, auditores da CGU detectaram um prejuízo de R$ 1.942.703,89, ocasionado por situações de sobrepreço e superfaturamento. Além de verificar que os valores praticados nos contratos são incompatíveis com os preços de mercado, a CGU constatou que a empresa investigada apresentou documentos de medição com uma quantidade de lixo coletada bem maior do que a média de resíduos produzidos pelas unidades de saúde. A fraude era potencializada pela fragilidade dos procedimentos de fiscalização e acompanhamento contratual realizados pela SESACRE.

Os envolvidos estão sendo investigados pelos crimes de Peculato (art. 312), Associação Criminosa (Art. 288), Corrupção Passiva (art. 317), Corrupção Ativa (art. 333), Falsidade ideológica (art. 299) – todos do Código Penal, e Fraude a licitações (art. 90 da Lei 8.666/93).

 

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