O corte de salários provocado pela paralisação por conta da pandemia do novo coronavírus chegou à Fórmula 1. A McLaren definiu nesta quinta-feira que parte de seus funcionários terá uma redução salarial no curto prazo como medida para controlar os custos da equipe em um período de menos entrada de dinheiro em caixa. Isso inclui o espanhol Carlos Sainz Jr. e o britânico Lando Norris, que serão os primeiros pilotos da categoria com as finanças afetadas pela atual situação global.
Na discussão sobre o tamanho do corte, os pilotos aceitaram ter um na mesma proporção dos demais funcionários, que são forçados a entrar em um período de licença durante 90 dias. A medida ajuda a McLaren, já que o governo britânico determinou um apoio salarial de até 2.500 libras (R$ 16,2 mil) por mês para empregados que entrem em regime de licença durante a pandemia.
A McLaren ressaltou que tomou essa decisão com o objetivo de estabilizar as finanças, o que ajuda a evitar demissões em massa no futuro próximo. “O objetivo é assegurar o retorno dos nossos funcionários em tempo integral conforme a economia se recupere. Isso faz parte de medidas mais amplas de corte de custos por causa da pandemia da covid-19 e do seu impacto sobre os negócios”, disse a equipe através de um comunicado oficial divulgado nesta quinta-feira.
Com a fábrica de Woking, na Inglaterra, fechada após um acerto das equipes com a Fórmula 1 – o período de 21 dias poderá ser estendido -, outros integrantes da McLaren também terão os seus vencimentos alterados, como por exemplo o CEO Zak Brown.
O calendário da Fórmula 1 em 2020 sofreu impactos severos devido à pandemia da covid-19. Os GPs da Austrália e Mônaco foram cancelados, enquanto que as corridas no Bahrein, Vietnã, China, Holanda, Espanha e Azerbaijão estão adiadas.