A Pandemia passou. E agora?

Este artigo fala de possíveis cenários construídos pela nossa equipe. Do mais pessimista ao mais otimista. Ao fim do texto, as estratégias pensadas em cada um.

Todos os que estudamos, criamos, montamos e previmos não são nada comparados à realidade. Costumamos criar cenários no final do ano de como o próximo será. Em dezembro, o Covid-19 já existia, e nem o mais pessimista dos analistas cogitou uma pandemia, que já atingiu um milhão de pessoas e deixou dezenas de milhares de mortos pelo caminho.

Vamos avaliar o cenário real e imaginar pelo menos cinco à partir dele. Dois otimistas, dois pessimistas e um entre eles. Vamos pensar juntos na melhor das soluções. Passando do pior cenário pro melhor.

No pior dos cenários: o caos total.
A curva de contágio do vírus permanece elevada pelos próximos 90 dias. Ultrapassando a surreal marca de um bilhão de infectados em todo o planeta e preservando sua letalidade média de 3%. O que seria cerca de 30 milhões de pessoas mortas pelo vírus em 2020. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) ceifou cerca de 70 milhões de vidas em seis anos, uma média de quase 12 milhões anualmente. É apenas observando estes números que se compreende o poder devastador deste vírus, sua capacidade de ceifar vidas é 3 vezes maior que a pior guerra da humanidade.

Neste cenário: entre os mortos estão empresários, chefes de estado e autoridades políticas. Corpos se acumulam nas ruas (como tem acontecido em Guayaquil – Equador). A economia se desestrutura integralmente, os pregões de bolsas não abrem. A oferta de crédito bancário despenca, pois o risco de calote integral por morte é real. Fronteiras fechadas e o comércio exterior à deriva, pois as pessoas não querem e não podem sair de suas casas para nada. As mortes se acumulam pelo colapso hospitalar, pelo desespero das pessoas (que fogem pelo suicídio) e pela criminalidade que instaura um poder paralelo em diversas cidades do mundo, usando poder de fogo para saquear e garantir a sobrevivência dos mais fortes.

Você e parte da sua família AINDA ESTÃO VIVOS neste cenário, mas alguns do que você ama se foram pela doença e sequer puderam ser velados. Amigos, clientes, fornecedores etc. Sua empresa ainda está “viva”, mas fechada pelo caos. O que podemos fazer para passar por estes dias? Imagine este desenho inteiro. Tudo que foi dito é minimamente plausível. Improvável de acontecer, mas plausível.

Cenário 2: Pessimista.
Mesmo com o controle da curva de contagio, 100 milhões de pessoas estão infectadas, a letalidade ainda gira em torno de 3%. Teremos 3 milhões de mortos no somatório de todos os países afetados. EUA, Europa e América do Sul os piores. A crise econômica se agrava, pois os principais parceiros comerciais do Brasil estão com fronteiras fechadas. Recessão instaurada, desemprego e os programas assistenciais do governo federal demoram muito a chegar nos pequenos comerciantes e há atrasos em todo tipo de pagamento. Até serviços públicos essenciais começam a faltar.

Você e sua família AINDA ESTÃO VIVOS neste cenário. Entretanto, diversos clientes, fornecedores e colaboradores se afastaram pela doença e alguns morreram. Sua empresa ainda está “viva”, mas parcialmente fechada pelo cenário.
Cenário 3: a atual conjuntura permanece.
O mundo já possui mais de um milhão de casos confirmados com quase 70 mil mortos. Uma letalidade de quase 7%. Nos próximos 90 dias cerca de 250 mil pessoas vêm a óbito e as atividades começam a voltar ao normal lentamente. Diversos países já adotaram medidas restritivas de fluxo de pessoas, aglomerações e inclusive comerciais. Há uma imensa tensão pela relação da China com os EUA. Um número incontável de Fake News espalhado pelo mundo. Tensões entre governadores no Brasil e o Presidente da República. Decretos governamentais impedem atividades em shoppings, bares, restaurantes, academias e quaisquer ambientes que acumulem pessoas. O número de consumidores de serviços de delivery explode em maior número que o vírus. O Governo Federal anuncia medidas para proteger a economia e a curva de contágio no país desacelera, mas continua crescendo.
Você e sua família AINDA ESTÃO VIVOS neste cenário. Sua empresa funciona com as restrições impostas pelos decretos governamentais.

Cenário 4: Otimista.
Até o dia 30 de abril, a vacina contra o Covid-19 entra em produção em escala e começa a ser distribuída gratuitamente, estagnando a curva de contágio e levando a morte de no máximo 120 mil pessoas ao todo na incidência da doença. Por conta da pandemia, diversos países começam a buscar mais insumos para melhorarem a economia local. Bancos flexibilizam ainda mais o acesso ao crédito e vemos um crescente otimismo no meio empresarial, os países mais afetados como Itália, França e EUA lançam programas de incentivos ao empreendedorismo para uma rápida retomada da economia. A União Europeia flexibiliza a entrada de estrangeiros nos países, pois com os incentivos, há déficit de mão de obra na região. Diversos autônomos dos países emergentes migram pra Europa em busca da oferta abundante de empregos que estão abundantes também no Brasil, pelo mesmo tipo de incentivo. O aumento na demanda externa, acelera a economia brasileira que precisa entregar maior quantidade de commodities aos principais parceiros comerciais: EUA, China e UE. Como o Brasil foi POUCO AFETADO pelo vírus, ele desponta como um dos principais fornecedores globais de alimentos, minérios e energia. Auxiliando a América Latina a se recuperar da crise, enviando ajuda humanitária e assistência médica para os mais afetados países.
Você e sua família estão neste cenário. Sua empresa precisa contratar mais colaboradores, mas a mão de obra não é tão abundante e qualificada como você gostaria. Ao passo que você percebe as oportunidades, seus principais concorrentes fazem o mesmo e acelera a busca por produtos/serviços de boa qualidade. Alguns dos seus colaboradores pediram demissão para montarem seus próprios negócios (inclusive para concorrer no seu mercado). O que podemos fazer para aproveitar estes dias?
Cenário 5: super otimista.
Os líderes globais se unem para a reconstrução da base econômica mundial. Com a cura definitiva do covid-19 distribuída ainda na primeira quinzena de abril, praticamente zerando o número de novos casos graves e fechando o mês de maio sem nenhum novo contágio e um número final de óbitos pela doença não chegando a 90 mil. Os governos iniciam uma colaboração coletiva para preservar as boas relações diplomáticas e comerciais, facilitando negociações continentais, principalmente na busca por estudos preventivos de novas patologias similares. Patentes empresariais restritas são liberadas para produção em massa. A taxa de natalidade dos países emergentes dispara, ampliando a necessidade de novos fornecedores de toda sorte de commodities. A Índia se torna o país mais populoso do mundo e um dos principais consumidores da soja produzida no Brasil, pois a produção indiana – pela estiagem do último ano – está bem abaixo do necessário para suprir a demanda. China e EUA passam por processo similar, necessariamente em minérios e demais alimentos que o Brasil produz. Há um aumento significativo de novas tecnologias no mercado, o que barateia ainda mais o acesso a elas. Postos de trabalho em todo o planeta se tornam abundantes. As pessoas estão consumindo mais, motivadas pela superação da pior crise da era moderna. Os governos democráticos passam por imensa estabilidade e podem gerir seus países de forma mais transparente pelo imenso fluxo de informação disponível pelos canais criados durante a crise e que os cidadãos aprenderam a usar. O E-Commerce domina imensamente as compras de praticamente toda as famílias. Há um novo boom de consumo mundial.

Você e sua família estão neste cenário. Sua empresa precisa acelerar o processo de inovação e adequação à tecnologia. Ao passo que você percebe as oportunidades, seus principais concorrentes saem na frente e inclusive abordam você para comprar sua operação. Alguns dos seus colaboradores pediram demissão para irem trabalhar em outros estados/países, pois a oferta de emprego aumentou drasticamente. O que podemos fazer para aproveitar estes dias?

Todos os cenários apresentados até agora são plausíveis e em níveis variados de probabilidade de se tornarem reais. Compreendendo isso, vamos pensar em:

Estratégias

Cenário 1: sobreviver. Focar em evitar se contaminar com o vírus e se possível armazenar a estrutura da empresa em um local seguro, para evitar saques possíveis invasões. Caso tenha, preservar o caixa da empresa e o pessoal ao máximo, revisando integralmente suas despesas. Evitar a todo custo o endividamento bancário, pois não se sabe como a economia estará em 12 meses e sua atual dívida, com uma crescente inflacionária poderia inviabilizar totalmente seu pagamento. Avaliar se é prudente permanecer no mesmo segmento de mercado e pensar em novas fontes de renda imediatamente.

Cenário 2: sobreviver. Focar em buscar suporte governamental dos programas de incentivo que podem existir, avaliando cuidadosamente cada um deles. Na possibilidade de possuir algum capital próprio, preserve totalmente e enxugue o máximo que puder em supérfluos. Diminua custos com material humano e mix de produtos/serviços de baixo giro. Dê férias coletivas aos colaboradores que permanecerem conectados. Inserir novos serviços que caibam no seu mercado. Reavaliar integralmente seu business. Pensar em novas fontes de renda em até 45 dias.

Cenário 3: buscar oportunidades. O aumento do consumo de produtos/serviços de primeira necessidade pode ocultar uma oportunidade na cadeia produtiva destes itens. Encontrar de que forma você/sua empresa podem se inserir nas linhas mais primárias da cadeia produtiva, ampliando inclusive a utilização de tecnologias para captar clientes, parceiros e prováveis investidores. Manter seu negócio funcionando, pois ainda é incerto que você consiga encontrar uma oportunidade e sua atual fonte de renda deve ser preservada.
Cenário 4: avaliar sua condição empresarial para dar o próximo passo. Pode ser que tenha chegado a hora de você expandir sua empresa dentro de sua própria região ou ir para um outro país em busca de novos clientes/mercados. Ou ainda avaliar se a atividade empresarial que você exerce é adequada e confortável dentro deste novo cenário, levando em consideração o pleno emprego na União Europeia. Talvez seja momento de ir em busca de dominar um idioma novo e testar suas habilidades em outro continente, recomeçando.

Cenário 5: é muito provável que sua empresa seja desnecessária neste novo cenário. Caso surjam oportunidades de venda para ela, abrace. Você vai precisar obrigatoriamente reinventar seu negócio, sua pessoa e provavelmente migre para o agronegócio que será a maior crescente empresarial no Brasil. O investimento em tecnologia, comunicação e novos modelos de atendimento serão mais do que necessários e é capaz de você não possuir os recursos financeiros para tal. Associe-se a alguém mais forte economicamente e sobreviva pois as pequenas empresas terão imenso trabalho para acompanhar a crescente demanda do mundo.

Enfim, observando tudo que pode ser adotado diante do dito, tenho certeza que você também pensou em várias outras, adequando isso ao seu próprio negócio/profissão. A única coisa que é regra nos cinco cenários é a “profecia” de Bill Gates feita anos atrás: “Se você tem um negócio e não está na internet, você não tem um negócio”. Em todos os cenários, o DIGITAL se fortaleceu e boa parte das soluções encontradas pelas pessoas e empresas passam por ele.
A CURA que a D’NEK sugere para a pandemia é a prudência, associada a um espírito inovador que busca sempre soluções fora da curva. Você pode contar com nosso time de especialistas para implementar as suas ideias e maximizar suas chances de sobreviver em tempos de crise.

Estamos falando aqui de cenários em escala macro, avaliando um compilado das principais informações disponíveis na grande mídia. Os dados aqui citados podem ser confirmados junto aos respectivos órgãos de controle. Busque os canais oficiais do Ministério da Saúde no Brasil e a OMS. Apegue-se somente às informações confirmadas pelas autoridades oficiais.
Se esse artigo te ajudou de algum modo, passe ele adiante.

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