Hospitais lotados, filas de espera na UTI, projeções de centenas de mortos por dia: enquanto os números da Covid-19 aumentam no Brasil, o sistema público de saúde é estrangulado. A cidade do Rio já tem fila de espera no CTI com 37 pacientes e faltam respiradores. O sistema de saúde no estado do Ceará colapsou na quinta-feira com a ocupação total dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI). Os números do terceiro estado mais afetado pela Covid-19 no país refletem uma ameaça que já pressiona outras unidades da federação, em especial o Amazonas, na Região Norte. São Paulo, a cidade mais afetada do país, também viu ontem seu primeiro hospital colapsar. No Distrito Federal, não há vagas na UTI para pacientes com outras doenças.
O principal desafio para o sistema de saúde está no tempo de incumbação do vírus e de recuperação da Covid-19. Ao contrário de outras síndromes respiratórias, a nova doença pode manter um paciente em estado grave durante 14 dias em uma UTI. Com a curva epidêmica crescendo no país, estados veem a ameaça do colapso se disseminar pelo território nacional.
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