Por que o Acre não virou uma Manaus no tratamento dos casos de Covid-19?

POR QUE
NÃO VIRAMOS
UMA MANAUS?

Um olhar sobre as duas últimas semanas, de contágio, internação e mortes por COVID-19, indica claramente que o governador Gladson Cameli agiu pra evitar o caos, com medidas firmes de isolamento social e preparação do sistema de saúde, com apoio incondicional da prefeita da capital, Socorro Neri, e dos demais prefeitos e Poderes.

Entre 10 e 16 de maio tivemos 532 novos casos positivos de COVID-19 e 22 mortes, com um percentual de 4% de letalidade. No final da referida semana, em 16 de maio, estávamos com 62 internados e 18 pacientes em UTI (em estado grave)

Entre 17 e 24 de maio tivemos 2.229 novos casos positivos de COVID-19 e 32 mortes, com um percentual de 1,4% de letalidade. Nesse final da referida semana, em 24 de maio, estávamos com 91 internados e 20 pacientes em UTI (em estado grave).

Registre-se que, nos três últimos dias da semana anterior, foram realizados apenas testes rápidos, acumulando casos a serem testados para a semana seguinte, quando explodiram os casos de COVID-19.

Sobre pacientes internados, na semana anterior, de 10 a 16 de maio, havia um percentual de 11,5% de internação e 3,5% de pacientes na UTI, em relação aos 532 novos casos. Na última semana, de 17 a 24 de maio, o percentual de internados, em relação aos 2.229 novos casos, foi de 4,1% e 0.9% de pacientes em UTI.

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Artigo escrito por Moisés Diniz/Foto: Reprodução

Observe que houve um aumento de mais de 200% nos novos casos, em relação aos casos da semana anterior, um crescimento de cerca de 30% na internação e nos óbitos e o percentual de pacientes que precisaram de UTI permaneceu quase inalterado (passando de 18 pra 20).

Se os percentuais, de internação e de pacientes em UTI da semana anterior, tivessem se repetido nessa última semana, o sistema de saúde teria entrado em estado de absoluto colapso, com 256 internados e 78 pacientes em UTI. Teria sido o início da nossa “semana de Manaus”.

Lembrem-se que, nas duas semanas anteriores, foram os dias em que o governador Gladson Cameli mais apareceu na imprensa pedindo que as pessoas respeitassem o isolamento social e foi quando ele endureceu as medidas através de decreto, porque o sistema de saúde poderia entrar em colapso. Na semana anterior à explosão dos casos de COVID-19 foi também quando o governador entregou novos leitos de enfermaria e de UTI no INTO. Uma prova de que o governador estava atento à evolução rápida do contágio e suas desastrosas consequências.

O governador também investiu muito nas pessoas que estão na linha de frente de combate ao COVID-19, aprovando gratificações de incentivo e aumento da insalubridade.

A pesquisa da Universidade de Pelotas, através do IBOPE, dando conta de que 5,4% da população da capital já contraiu o COVID-19, explica a internação quase igual entre a semana de 532 casos novos e a de 2.229 novos casos.

Em Manaus o COVID-19 infectou 12,5% da população e em Belém 15%. Significa que lá o contágio disparou antes do sistema de saúde se organizar. Aí vieram o caos e as mortes.

Na verdade o nosso sistema de saúde estava respondendo pra atender uma população na capital, com cerca de 22 mil infectados, aonde a grande maioria está se tratando em casa. Mesmo nos casos testados, esses percentuais se confirmam. De 4.781 casos confirmados (que passaram pelo sistema de saúde), 60 estão internados, 2.864 estão em isolamento domiciliar e 1.752 já tiveram alta.

Esses números, com a novidade da pesquisa do IBOPE, demonstram que é indiscutível a importância de se manter as regras de controle por mais quinze dias, pra dar tempo ao sistema de saúde de instalar as novas UTIs e entregar os dois hospitais de campanha, com previsão para 10 de junho. Portanto, as próximas duas semanas serão as mais decisivas na vida do povo acreano.

Qualquer posição política contrária deve ser rechaçada com vigor, porque um único erro pode significar a salvação ou a perda de centenas de vidas humanas.

Como segurança, entre a estabilização ou o aumento exponencial do contágio nos próximos quinze dias, o governador conseguiu viabilizar, no Ministério da Saúde, junto com o senador Márcio Bittar, mais 50 respiradores, comprou mais 8 em Goiânia e há mais 38 a caminho, adquiridos na Alemanha, com chegada prevista para o início de junho. Isso significa mais possibilidade real de vida para 95 acreanos, caso venham a precisar de respiradores.

É lógico que essas observações são de um especialista em Educação, com noções zero em epidemiologia ou qualquer outra área da medicina.

Mas, como Professor, percebo que, cada vez mais, a decisão está nas mãos da população, porque o governador e os prefeitos têm feito o que está ao alcance. Isso todo mundo tá vendo!

? MOISÉS DINIZ é membro da Coordenação Política do governo Gladson Cameli.

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