Prefeito de Cruzeiro do Sul chora ao se manifestar sobre operação da Polícia Federal

O prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro, disse na tarde desta quarta-feira (3), coletiva de imprensa, que se houve superfaturamento de remédios adquiridos pelo município ele quer que se comprove para ajudar a punir os responsáveis.

A Polícia Federal deflagrou nesta data a operação Off-Label para investigar pagamentos de medicamentos com preços superiores aos praticados no mercado em oito cidades acreanas. Uma única empresa teria recebido mais de R$ 70 milhões. Metade desse valor seria fruto de superfaturamento, diz a acusação.

Ao se manifestar sobre a ação, o prefeito da segunda maior cidade do Acre chorou e disse que não viu necessidade de agentes irem até sua casa e constranger sua família. De acordo com o gestor, ele já havia enviado documentos solicitados pela PF, Ministério Público do Acre (MPAC) e Controladoria-Geral da União (CGU) e se colocado à disposição das investigações.

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“Levaram meu celular, um relógio de ouro do meu pai, um cordão e até o carro da minha esposa. Qual a necessidade disso?”. Ele questionou também por que Cruzeiro do Sul foi escolhida para dar início à operação enquanto que outras cidades também estão na mira da operação. Entre elas, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo, Xapuri, Epitaciolândia, Bujari, Rio Branco e Jordão, além de Boca do Acre, Pauiní e Guajará, no Amazonas.

Cordeiro negou que tenha havido fraude em licitação da empresa e disse que a acusação de superfaturamento é apenas uma suposição da polícia. “O procedimento licitatório é público e transparente. Ganha sempre quem oferece o menor preço”.

Ele aproveitou para falar sobre o programa de aquisição de remédios em Cruzeiro do Sul, a Central Única de Medicamentos. “Nenhum prefeito fez o que eu fiz: disponibilizar itens para todos os postos de saúde da cidade. Nunca teve tanto remédio em Cruzeiro do Sul. Mas se tiver alguma coisa errada, eu quero que confirmem pra eu poder punir”.

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