A crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus fará com que o Acre tenha o pior mês de junho em arrecadação de impostos federais, estaduais e municipais em três anos. Segundo projeção do Impostômetro, medidor estatístico de tributos pagos pelos contribuintes em todo o país, o poder público vai abocanhar dos acreanos, nesse período, R$ 274 milhões.
O numero é 14,2% inferior ao arrecadado em junho do ano passado (R$ 319 milhões) e 8,7% menor que o mesmo período de 2018 (R$ 300 milhões).
No entanto, será o terceiro melhor recolhimento do semestre, atrás apenas de janeiro e abril. No primeiro mês do ano, antes da pandemia, o Estado ficou R$ 365 milhões em impostos. No mês seguinte, que teve somente 29 dias, além do feriadão de Carnaval, a arrecadação foi de R$ 269 milhões.
O coronavírus chegou ao Acre em meados de março e provocou, naquele mês, os maiores índices de isolamento social observados até agora. Aliado ao fechamento de parte considerável do comércio, o distanciamento fez com que o recolhimento de impostos fosse igual ao de fevereiro.
Já em abril, mesmo com a pandemia, muitos acreanos relaxaram as medidas de isolamento e isso pode ter justificado um crescimento na arrecadação de tributos, que naquele mês fico em R$ 306 milhões, perdendo apenas para janeiro.
Porém, com o agravamento da epidemia em maio, a proporção de acreanos que se isolaram cresceu em relação ao mês anterior, segundo dados do InLoco, e fez com que a arrecadação fosse de R$ 267 milhões, a menor do semestre.
Entre os impostos federais pagos pela população estão Cide, Cofins, CPMF, CSLL, FGTS, Fundaf, IE, II, IOF, IPI, IR, ITR, PIS/Pasep, Previdência, taxas e outros.
Os impostos estaduais captados pelos governadores reúnem ICMS, IPVA, IR, ITCMD, Previdência, taxas e outros. Já o Município recolhe IPTU, ISS, ITBI, taxas e outros.