Brasil ultrapassa EUA e se consolida como epicentro da pandemia do coronavírus

Novos dados consolidam o Brasil como o novo epicentro da pandemia do coronavírus no mundo. Um levantamento publicado nesta sexta-feira pelo Centro Europeu para o Controle e Prevenção de Doenças aponta o país sul-americano como líder no número de novas contaminações nos últimos 14 dias.

Os dados desse período são considerados relevantes, pois indicam a curva da pandemia pelo mundo, justamente durante o prazo considerado como sendo de incubação do vírus.

Pela primeira vez, os indicadores da agência oficial da UE revelam que o Brasil superou os EUA em números de novos casos registrados do coronavírus nas últimas duas semanas.

No país, foram 304,8 mil casos em duas semanas. No total desde o começo da crise, foram 614 mil casos e 34 mil mortes. Metade, portanto, de todos os novos casos ocorreram apenas em duas semanas.

Nesse mesmo período, os EUA registraram 295 mil novos casos, contra 123 mil na Rússia.

No mundo, os últimos 14 dias registraram 1,5 milhão de novos diagnósticos positivos. Ou seja, 20% de todos os novos casos no mundo ocorreram no Brasil. O país, porém, tem apenas 2,7% da população mundial.

Em termos gerais, o maior número de casos da covid-19 continua sendo registrado nos EUA, com 1,8 milhão de pessoas infectadas e 108 mil mortos.

A OMS, ainda que tenha dados defasados, também aponta para uma situação crítica no Brasil. Pelas tabelas da entidade, o Brasil é hoje o terceiro país com maior número de mortes e segundo em termos de casos.

Considerando apenas os últimos sete dias, o Brasil lidera no mundo, segundo os dados da própria OMS.

O colunista Jamil Chade apresenta, com a advogada e escritora Ruth Manus, o podcast Geração P, que trata dos impactos da pandemia na nossa sociedade, economia e cultura. Ouça abaixo um episódio do programa, disponível no UOL, no Youtube e nos distribuidores de podcasts:

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