Pandemia muda rotina dos moradores e pacientes da Casa de Acolhida Souza Araújo

A pandemia de coronavírus, que já se alastrou por todo o Acre, mudou o dia a dia dos moradores e pacientes da Casa de Acolhida Souza Araújo, onde estão abrigados portadores de hanseníase. Administrado pela Diocese de Rio Branco, o local conta, atualmente, com 23 pessoas.

As visitas de parentes e amigos estão suspensas desde o dia 17 de março, quando foram confirmados os três primeiros casos de covid-19 em Rio Branco. A ideia da direção do espaço é evitar que se leve o novo vírus para dentro da casa, pondo em risco a vida dos idosos que pertencem ao grupo de risco para a doença, que já matou mais de 200 no Acre.

Ainda assim, um paciente chegou a ser infectado nas saídas para hemodiálise, mas fez o tratamento corretamente e, ao receber alta, voltou para casa. Uma enfermeira que atende os abrigados também foi diagnosticada com coronavírus, mas logo entrou em isolamento e não contaminou os pacientes.

Ao se deparar com os dois casos, a direção decidiu afastar uma funcionária que trabalha na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito para não haver mais riscos de infecção no ambiente.

“Graças a Deus, depois destes dois casos, a casa está tranquila”, disse a diretora Francisca Vieira de Lima. Ela explica que após os casos, todos os abrigados passaram a usar máscaras para dificultar ainda mais a possibilidade de infecção.

“Desde o dia 21 de março eles também passaram a receber as refeições nos apartamentos e não mais no refeitório, conforme orientação da doutora”, comenta.

Os pacientes também foram privados temporariamente de jogos de dominó e baralhos, que eram passatempo favoritos deles. O objetivo é evitar aglomeração para que não haja mais nenhum caso de coronavírus no local.

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