O ativista LGBTI+ Agripino Magalhães pediu na Justiça a apreensão do passaporte do jogador Neymar Jr. O motivo é que o boleiro não deixe o país e, desta forma, não atrapalhe um possível inquérito. As informações são do portal Extra.
O advogado de Magalhães, Ângelo Carbone, protocolou no Ministério Público de São Paulo um pedido de inquérito para apurar a fala homofóbica dita pelo jogador sobre Tiago Ramos, namorado de sua mãe. Em áudio divulgado pela coluna Leo Dias, do Metrópoles, ele chamou o padrasto de “viadinho”. Agora, ele teme que Neymar volte para Paris e não seja notificado, atrapalhando, assim, as possíveis investigações.
“Eu, como ativista dos direitos da População LGBTI+, junto com o doutor Ângelo Carbone e equipe, de advogados vamos a justiça hoje pedir a apreensão do Passaporte do jogador Neymar Jr.”, informou Agripino.
No documento, Agripino destaca que a denúncia contra Neymar e os amigos que aparecem no áudio são pelos crimes de homofobia, incitação ao ódio e ameaça de morte de um LGBTI+.
“Os meus advogados oficializaram denúncia crime contra o jogador Neymar Junior e seus ‘parças’ pelo crime de homofobia, incitação ao ódio e ameaça de morte de um LGBTI+ “, escreveu Agripino em suas redes sociais, acrescentando: ” Homofobia e transfobia passaram, a partir do dia 13 de Junho de 2019, a se enquadrar no Art. 20 da Lei N° 7.716/1989, que criminaliza o racismo, e alterou o Art. 121 do Código Penal, incluindo o homicídio motivado por homofobia no rol dos motivos torpes”.