Começou com uma hashtag na rede social Twitter e acabou tomando exatamente a dimensão que o perfil propõe: chegar ao maior número de pessoas possíveis.
Foi assim que o vídeo em que um homem aparece abordando uma garota de 15 anos e pedindo o seu telefone foi amplamente divulgado nas redes sociais e atribuído ao coronel da Polícia Militar do Acre, Elissandro do Vale. Uma foto em que aparece a placa do seu carro foi divulgada.
No perfil Exposed Rio Branco, a denunciante diz que mesmo a sua amiga afirmando ter apenas 15 anos e não iria passar o seu número de telefone, o homem teria dito que “não tem nada a ver” e teria ainda, conforme denuncia, dito que já se relacionou com meninas desta idade.
Ao portal G1, o coronel não negou e nem confirmou que se trata dele no vídeo, mas negou que tenha cometido assédio e diz que “é normal” um homem solteiro abordar e conversar com uma mulher.
“Qualquer pessoa pode tirar foto de um carro e colocar expondo essa pessoa. Se me perguntar: ‘em algum momento você já falou com alguém em algum lugar? Claro’. Eu sou um ser humano como qualquer outro e posso falar com qualquer pessoa em qualquer lugar. Qualquer homem pode falar com qualquer mulher, não significa que você está querendo namorar essa pessoa, você pode conhecer”, disse o coronel.
Ainda ao G1, ele diz que “as pessoas em geral querem execrar, criar uma situação onde não existe. Se a pessoa não quer: ‘tá bom, beleza’. É uma conversa para fazer amizade, não significa que tenha que ter alguma coisa. Você não tem como saber se essa pessoa é menor ou não. Se bem que, você acha que é proibido falar com a pessoa? Se a pessoa disser ‘ah, eu tenho 17 anos’. Então, ‘opa eu não posso falar com você’. O que fica no ar é que uma pessoa não pode falar com outra, porque ela tem 17 anos, como se fosse proibido. Eu não pratiquei nenhum assédio, você falar com uma pessoa não é assédio. Porque as pessoas confundem as coisas. Então, isso aí não procede. As pessoas estão deturpando as coisas, como se fosse proibido falar com alguém. Agora, em algum momento posso ter falado com alguém, claro, com certeza, não só eu, como qualquer homem”, diz em entrevista ao portal.
De acordo com o G1, o coronel Ulysses Araújo, comante-geral da Polícia Militar, disse que o caso seria encaminhado à corregedoria da PM.
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