A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC) negou recurso impetrado pela defesa do ex-subcomandante do Corpo de Bombeiros do Acre, coronel Cleyton de Oliveira Almeida, condenado por lesões físicas e psicológicas contra a ex-mulher.
Com isso, a condenação de 1 ano e 20 dias de prisão, em regime aberto, está mantida. A decisão judicial foi unânime e teve como relator o desembargador Samoel Evangelista. Confira no final da matéria.
A sentença de um ano e 20 dias de prisão, proferida pela juíza Shirlei Hage, da Vara de Proteção à Mulher da Comarca de Rio Branco, entrou para história como a primeira condenação por violência psicológica no estado.
A ex-companheira de Cleyton moveu, nos últimos três anos, cerca de 15 processos contra o militar. Alguns ainda aguardam julgamento.
Em abril deste ano, ele chegou a ser preso na rodoviária de Porto Velho após quebra de medida protetiva contra ela. Além de agressão física e psicológica, a mulher o acusa de perseguição, com uso, inclusive, de recursos tecnológicos para invadir sua privacidade.
Em 2018, o homem já havia sido preso por agressão à mesma vítima. Na época, ele informou que pediria desligamento do Corpo de Bombeiros, mas acabou não deixando a corporação e até o momento não sofreu punições no âmbito militar.
Oliveira chegou a pilotar o helicóptero do estado, Comandante João Donato, hoje em desuso. Mais tarde, passou a exercer a função de ajudante-geral do Comando.
No dia 13 de maio ele apareceu fardado e com suas medalhas em uma foto postada no Instagram do governador Gladson Cameli após visita do chefe de estado ao comando.
A assessoria de imprensa do Corpo dos Bombeiros confirmou que Cleyton exerce a função de ajudante-geral no comando, desempenhando suas atividades normalmente sob o posto de coronel.