Por decisão do ministro Alexandre de Moraes, relator no STF (Supremo Tribunal Federal) do inquérito dos atos antidemocráticos, Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, será liberada nesta quarta-feira (24) da prisão.
Ela terá que usar tornozeleira eletrônica, assim como os outros cinco integrantes do grupo de extrema direita 300 do Brasil que estavam presos também por ordem do STF.
Winter está entre os líderes do grupo, um dos responsáveis pelas manifestações de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas últimas semanas em Brasília e de ataques a integrantes do Congresso Nacional e do STF.
Ela estava presa desde o dia 15. Foram duas prisões temporárias de cinco dias determinadas por Alexandre de Moraes. Outros integrantes do 300 do Brasil também foram liberados. Sara estava no presídio feminino da Colmeia, em cidade satélite de Brasília.
A PGR (Procuradoria-Geral da República) havia pedido as prisões após reunir indícios de que o grupo vinha organizando e captando recursos financeiros para ações que se enquadram na Lei de Segurança Nacional, que define crimes contra a ordem política e social.
O objetivo das prisões era o de ouvir os acusados e reunir informações de como funciona o suposto esquema criminoso.
Em depoimento à PF no dia em que foi presa, a militante bolsonarista negou que ela e o seu grupo tenham tido envolvimento com o lançamento de fogos de artifício em direção do prédio do STF no noite do dia 13, um sábado.
No dia 17, dois dias após ser detida, a Procuradoria da República no Distrito Federal denunciou Winter por crimes de injúria e ameaça, praticados de forma continuada contra Alexandre de Moraes, segundo o MPF (Ministério Público Federal).