MPAC diz que vai investigar morte de travesti que teria sido violentada com pauladas

O Ministério Público Estadual (MPAC), por meio do Centro de Atendimento à Vítima (CAV), lamentou nesta quinta-feira (25) a morte da travesti identificada como Fernanda Machado da Silva, 27 anos, que foi vítima de agressões físicas e em seguida sofreu por uma parada cardíaca, na madrugada desta quinta-feira (25), na Rua Minas Gerais, no Bairro Preventório em Rio Branco.

No texto divulgado, o órgão lembra que o Brasil está entre os países que mais registram homicídios de pessoas transgêneras e travestis, as quais todos os dias precisam enfrentar cenários de violência, exclusão e invisibilidade.

Em outra nota divulgada pelo ContilNet, da Coletiva Teatral Es Tetetas – na qual Fernanda estava inserida – , o grupo afirma que ela foi morta à pauladas. O Instituto Médico Legal (IML) segue apurando a causa da morte.

O MP também declarou que está acompanhando o caso de perto e que vai adotar as medidas cabíveis para garantir a apuração e elucidação dos fatos e as circunstâncias envolvendo a morte da referida jovem.

Fernanda tinha 27 anos/Foto: Reprodução

Confira a nota na íntegra: 

Nota Pública

O Centro de Atendimento à Vítima (CAV) do Ministério Público do Estado do Acre vem a público lamentar a morte da jovem Fernanda Machado da Silva, 27 anos, ocorrida nesta quinta-feira (25), no bairro Preventório, na capital acreana, noticiada amplamente pela imprensa local.

Ao tempo que se solidariza com familiares e amigos, o CAV lembra que o Brasil está entre os países que mais registram homicídios de pessoas transgêneras e travestis, as quais todos os dias precisam enfrentar cenários de violência, exclusão e invisibilidade.

O MP acreano, comprometido com a promoção dos direitos fundamentais, reafirma o princípio constitucional da dignidade humana e informa que, através do CAV, está acompanhando o caso de perto e vai adotar as medidas cabíveis para garantir a apuração e elucidação dos fatos e as circunstâncias envolvendo a morte da referida jovem, como também orientando e apoiando os seus familiares.

Rio Branco- Ac, 25 de junho de 2020

Procuradora de Justiça Patrícia Rêgo
Coordenadora do Centro de Atendimento à Vítima

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