O governo anunciou há pouco que cancelou a entrevista coletiva que aconteceria nesta quinta-feira à tarde no Palácio do Planalto para anunciar o calendário da terceira parcela do auxílio emergencial e também o novo balanço do programa.
Mais cedo, o Ministério da Cidadania havia informado que os detalhes da terceira parcela seriam apresentados na coletiva, prevista para as 17 horas. Segundo fontes, porém, ainda é possível que a divulgação ocorra hoje, mas sem a presença da imprensa.
Por volta das 15 horas, a Secretaria de Imprensa do governo informou a previsão de coletiva às 17 horas com a presença do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e o presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães. O governo confirmou ainda que o tema da entrevista seria o auxílio emergencial. Uma hora depois, porém, o Planalto informou o cancelamento da coletiva.
Oficialmente, o governo não deu explicações para o cancelamento. Segundo uma fonte do governo, o pedido teria partido do próprio presidente.
Além de cancelar a coletiva sobre a terceira parcela do auxílio, o governo discute qual será o formato de extensão do benefício.
Hoje pela manhã, o presidente teve reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com presidentes do Banco Central, Roberto Campos Neto, e da Caixa, para falar sobre a extensão dos auxílios do governo por conta da pandemia de coronavírus.
“Estudamos sobre o que ainda é possível fazer dentro do orçamento”, disse um auxiliar direto do presidente.
Pela manhã, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, se equivocou ao publicar uma mensagem com um anúncio que ainda será feito pela equipe econômica de Paulo Guedes.
A mensagem publicada e apagada na sequência antecipou um anúncio que o governo ainda não fez sobre o modelo da extensão do auxílio emergencial de R$ 600.
Ramos tem intensificado o diálogo com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, para levar ao governo os anseios do parlamento em relação à postergação dos pagamentos. Maia já declarou ser a favor de mais parcelas de R$ 600, o que a equipe econômica vê com preocupação.