Taxa de analfabetismo atinge 11,7% das pessoas com 15 anos ou mais no Acre

Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos. Em 2019, eram quase 31.000 de analfabetos com 60 anos ou mais, o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 34,5%, apesar de ser alta, a taxa vem diminuindo, em 2016 ela chegou a 41,7% para esse grupo etário. Na análise por cor ou raça, em 2019, 7,0% das pessoas de 15 anos ou mais de cor branca eram analfabetas, percentual que se eleva para 12,7% entre pessoas de cor preta ou parda.

No grupo etário 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo das pessoas de cor branca alcança 20,9% e, entre as pessoas pretas ou pardas, amplia-se para 37,7%. Apesar de mais alto, o analfabetismo entre as pessoas de 60 anos ou mais de cor preta ou parda teve a maior redução entre 2017 e 2019 (2,3 p.p.).

No Brasil, em 2019, havia 11 milhões de pessoas com 15 anos ou mais de idade analfabetas, o equivalente a uma taxa de analfabetismo de 6,6%. Desse total de pessoas, 56,2% (6,2 milhões de pessoas) viviam na Região Nordeste, 21,7% (2,4 milhões de pessoas) na Região Sudeste, 7,2% (802.000 mil pessoas) na Região Sul, 5,6% (623 mil pessoas) na Região Centro-Oeste e 9,2% (1.025 milhões de pessoas) na Região Norte.

Com o objetivo de estabelecer metas, estratégias e diretrizes para a política educacional brasileira e promover avanços educacionais no País, o Plano Nacional de Educação-PNE, instituído pela Lei n. 13.005, de 25.06.2014, determinou, na Meta 9, a redução da taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais para 6,5%, em 2015, e a erradicação do analfabetismo ao final da vigência do Plano, em 2024.

Com relação aos jovens de 15 a 29 anos, buscou-se conhecer sua aproximação com o trabalho e com o estudo ou a qualificação para o trabalho. Em 2019, 66.000 pessoas, cerca de 22,6% dos homens e 35,6% das mulheres não trabalhavam, nem estudavam ou se qualificavam, os chamados os nem-nem. Entre as pessoas brancas, 21,5% estavam nessa situação e entre as pessoas pretas ou pardas, 30,3%. Por outro lado, 33,5% dos homens, 20% das mulheres, 27,4% das pessoas branca e 26,7% das pessoas pretas ou pardas se dedicavam exclusivamente ao trabalho.

A proporção de pessoas de 25 anos ou mais de idade que finalizaram a educação básica obrigatória, definida pela Constituição Federal, ou seja, concluíram, no mínimo, o ensino médio, passou de 22,0% para 23,8%, entre 2018 e 2019. Esse percentual foi menor entre brancos (25,3%) do que entre pretos ou pardos (23,5%), entre mulheres (24,5%) do que entre homens (23%).

Em termos da distribuição de pessoas com 25 anos ou mais de idade por nível de instrução, o percentual de pessoas com o ensino superior completo passou de 14,9% em 2018 para 16,8% em 2019. Entre aqueles que não completaram a educação básica, 13% eram sem instrução, 31,9% tinham o ensino fundamental incompleto, 7,2% tinham o ensino fundamental completo e 3,4%, o ensino médio incompleto.

Apesar dos avanços, 56% da população de 25 anos ou mais de idade do estado não havia completado a educação escolar básica e obrigatória em 2019. A educação básica é formada por três grandes etapas: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a educação básica é obrigatória a partir dos quatro anos de idade.

No Acre, em 2019, 296 mil pessoas frequentavam escola ou creche. Entre as crianças de 0 a 3 anos, a taxa de escolarização foi 23,4%. Comparado ao ano de 2018, a taxa de escolarização das crianças de 0 a 3 anos aumentou 3,3 p.p. Entre as crianças de 4 e 5 anos, faixa de idade correspondente à pré-escola, a taxa foi de 78,3% em 2019, frente aos 78,6% em 2018.

Já na faixa de idade de 6 a 14 anos, a universalização já estava praticamente alcançada, com 98,8% das pessoas na escola em 2019. A taxa de escolarização entre os jovens de 15 a 17 anos, em 2019, foi de 85%, 2,4 p.p. acima de 2018, em 2017 essa taxa se manteve estável em 84,2%. Entre as pessoas de 18 a 24 anos e aquelas com 25 anos ou mais, 33,8% e 6,9% estavam frequentando escola.

O número médio de anos estudados pelas pessoas de 15 anos, ou mais idade, no Acre é de aproximadamente 9 anos.

Iniciada em 2012, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua vem, desde então, levantando trimestralmente, por meio do questionário básico, Informações sobre as características básicas de educação para as pessoas de 5 anos ou mais de idade. A partir de 2016, foi introduzido na pesquisa o módulo anual de educação que, durante o segundo trimestre de cada ano civil, amplia a investigação dessa temática para todas as pessoas da amostra.

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