Semana “D”
A semana deve começar com uma decisão dura do governador Gladson Cameli, que se reúne nesta segunda (20) com a executiva do Progressistas no Acre. A pauta é seu apoio nas eleições municipais. Cameli, ao que tudo indica, deve se afastar do partido caso não seja retirada a pré-candidatura de Tião Bocalom.
Recado dado
Para não tomar uma decisão mais dura, Cameli até sugeriu o retorno do nome de Ney Amorim no processo de escolha dentro do Progressistas. Dizem que para bom entendedor, meia palavra basta. O recado foi dado.
Ativistas
Os ativistas e políticos que defendem apoio de Cameli ao ex-prefeito Tião Bocalom argumentam que a prefeita Socorro Neri não subiu no palanque do governador em 2018.
Memória de peixe
Parece que os ativistas e caciques políticos se esqueceram que Tião Bocalom também não pediu votos para Gladson Cameli. Muito pelo contrário, foi um dos fieis escudeiros do coronel Ulisses e incentivador a sua candidatura pelo PSL.
Tratamento
Quem participou das tratativas de Cameli em 2018 com Tião Bocalom e seus assessores de primeira hora, sabe do tratamento dado por Bocalom e dos adjetivos que ele jogou no ar contra o chefe do Palácio Rio Branco hoje.
Não é estranha
Portanto, não é estranha a postura de Cameli ao não concordar com o nome de Bocalom como pré-candidato pelo seu partido. Não que o governador seja do estilo rancoroso, é uma questão de confiança mesmo, coisa que se constrói com o tempo e com ações.
Oportunidade
Os mais íntimos do bom velhinho Tião Bocalom já o aconselham a retirar sua pré-candidatura e voltar à direção da Emater, de onde não deveria ter saído. Cameli deu uma chance de ouro para o ex-prefeito desenvolver o famoso projeto “produzir para empregar”.
Ela tem lado
Ao eliminar os nomes do Partido dos Trabalhadores de sua gestão e dizer não a uma possível aliança com a turma comandada pelo ex-senador Jorge Viana, a prefeita Socorro Neri deu demonstrações claras de que tem lado.
Semelhanças
Socorro Neri e Gladson Cameli têm como semelhanças o foco na gestão. Isso está claro nas difíceis decisões tomadas no enfrentamento à covid-19 onde ambos se aproximaram e se afinaram politicamente.
Cenário armado
O almoço na Casa Amarela onde James Gomes (Progressistas-Ac), Bocalom, Artur Neto e o pastor Reginaldo aparecem comendo um prato bem regional com o senador Petecão (PSD-AC) deixa muito bem claro o que está por trás dessa insistência na pré-candidatura de Tião Bocalom: 2022 vem aí.
Candidato
O senador Sérgio Petecão hipoteca apoio à Bocalom apostando todas as fichas para 2022. Ele deve sair candidato ao governo do Acre e lançar a esposa, Mafiza Galvão, para deputada federal. Ou seja, de besta o 100% popular não tem nada. E diga-se de passagem, não tem nada a perder.
Recall
Mesmo que a chapa Bocalom e Marfiza não vença as eleições – tudo é possível – o senador mantém o nome da esposa na memória eleitoral. Estratégia mais que correta para lançá-la para Câmara Federal.
Outra força
Do outro lado, caminhando lado a lado com Gladson Cameli, o vice-governador Major Rocha trabalha duro para eleger Minoru Kinpara. O militar também pensa em candidatura majoritária, tanto que já adicionou ao seu grupo o PSL.
Aliados e aliados
O governador Gladson Cameli precisa ver melhor quem está do seu lado. Tem partidos aliados que rezam em sua cartilha e não estão sendo sequer ouvidos nesse processo.
Recado federal
O secretário Mauro Sérgio enviou texto à bancada federal do Acre pedindo apoio para aprovação do novo Fundeb e da ampliação dos recursos para educação a partir de 2021. A proposta após a covid-19 encolheu, mesmo assim é muito boa, prevê aumento de 12,5% na receita do próximo ano.
Vota com a educação
A deputada federal Vanda Milani (SD-AC) é a primeira a declarar seu voto a favor do novo Fundeb e da ampliação dos recursos para a educação. A Câmara dos Deputados vota nesta segunda-feira a proposta.
Trabalhando
A senadora Mailza Gomes (Progressistas-AC) continua pavimentando seu mandato com boas ações e liberando recursos para a saúde neste momento de pandemia. Tem sido muito atuante e surpreende muitos que pensavam que ela teria um mandato apagado.