Um dos investigados pela Polícia Federal por suposta prática de candidaturas “laranjas” pelo PSol no Acre foi preso nesta terça-feira (29) suspeito de ameaçar o denunciante do possível esquema. A ação aconteceu no âmbito da segunda fase da Operação Citricultor.
O homem é membro do diretório estadual do partido e estava proibido pela polícia de fazer contato com a pessoa que colabora com as investigações. No entanto, teria furado a determinação e, por isso, acabou tendo a prisão preventiva decretada.
A primeira fase da operação foi deflagrada há um mês, quando foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão mais um mandado de medidas cautelares em Rio Branco e Rodrigues Alves.
A polícia investiga suposto esquema de repasses do fundo eleitoral para mulheres que teriam registrado a candidatura apenas para cumprir a cota mínima feminina (30%) determinada pela Justiça. Na prática, segundo as investigações, muitas delas fizeram campanha para outros candidatos, inclusive de coligações adversárias.
Os valores dos repasses eleitorais foram de R$ 13 mil a R$ 120 mil. Uma das candidatas chegou a receber apenas 20 votos.
O PSol diz que as contas do partido e de todas as candidatas mulheres foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). “O PSol e seus militantes não infringiram a lei. A utilização dos recursos citados foi feita com honestidade e exatamente como declarado e documentado nas prestações de contas dos seus candidatos”.
Afirma também que está sendo vítima de “narrativa odiosa produzida por uma pessoa desequilibrada e sem caráter e que, por erro de avaliação, havia sido acolhida no seio do nosso partido”.
Anda de acordo com a legenda, o denunciante chegou a ser preso mais de uma vez por falsidade ideológica e estelionato e que, por esse motivo, foi afastado pela direção nacional.