Neste domingo comemora-se o Dia dos Pais. Alguns acreanos vão comemorar de uma forma ‘diferente’: com seus sugar babies – ou com seus daddies. Relacionamento Sugar é expressão da língua inglesa para relacionamentos românticos entre duas pessoas de idades distintas, nas quais uma das partes – o baby – é sustentada por dinheiro, presentes ou outros benefícios em troca da relação amorosa com uma pessoa mais velha.
A plataforma de relacionamento sugar, Universo Sugar, fez uma pesquisa durante o primeiro semestre de 2020 para descobrir a porcentagem de seus usuários que são pais. O resultado: no Acre, 80,33% dos Sugar Daddies afirmam ter filhos, segundo pesquisa realizada.
“Dentre os mais de 1 milhão e 600 mil usuários inscritos na plataforma, 186 mil são homens classificados como Sugar Daddy, ou seja, homens experientes, confiantes, bem-sucedidos, que costumam trabalhar muito e querem compartilhar suas riquezas, conhecimentos e momentos com mulheres mais jovens”, conta a plataforma.
Como entender mais a fundo esse tipo de relacionamento? ContilNet procurou um casal para conversar sobre isso. O ‘daddy’ não quis conversar com nossa equipe, mas o baby da relação, que atualmente é estudante de medicina da Bolívia contou mais detalhes.
“Não é prostituição. Isso é algo que gosto de deixar bem claro logo assim de cara. Nesse tipo de relacionamento existe envolvimento. Já quando você faz programa é algo mais casual. Eu gosto dele (seu parceiro)”, conta.
Questionado sobre como se conheceram e como funciona a relação, ele conta que não foi em nenhum tipo de rede social. “O Acre não é um estado grande. Então acaba que você se ‘esbarra’ com muita gente sempre. Você sempre conhece alguém que conhece alguém que conhece aquela pessoa que você quer ficar. E comigo foi assim. Nossa relação é 100% aberta, ele tem a vida dele e eu tenho a minha”.
Quando nossa reportagem contou sobre o percentual de daddies na plataforma, ele ironizou o dado. “O engraçado é que o estado quase inteiro votou no Bolsonaro e se diz católico ou evangélico, mas quem sou eu pra julgar, né?”.