Trabalhador rural é morto em sua propriedade no Acre e família acusa grileiro de Rondônia

O trabalhador rural Raimundo Nonato, de 27 anos, foi morto a tiros ao ter sua propriedade localizada no  ramal embaixo da ponte do Purus , no km 17da BR-364, em Manoel Urbano, por volta de seis horas da manhã. A família acusa Agnaldo de Oliveira Machado, de ser o mandante do crime.

“Nonato, agricultor e pai de família nascido em Tarauacá , foi executado por grileiros e pistoleiros de terra vindos de Rondônia. Executado com o 1° tiro nas costas e outro tiro de espingarda grosso calibre na mão e na face dentro de sua propriedade onde trabalhava e tirava seu sustento”, disse ao ContilNet um familiar.

No boletim de ocorrências registrado pela família, dizem que o acusado, é posseiro e queria expulsar Raimundo de sua propriedade e para isso, já havia ameaçado a vítima diversas vezes, alegando que “se preciso o mataria, mas não pagaria pela terra”, diz um familiar de Raimundo.

O denunciante diz ainda que este tipo de ação de grileiros é comum na região. “O que aconteceu é uma barbárie e é corriqueiro lá, as pessoas dizem assim: ‘esse aí é de Rondônia, não mexe com ela não, invade terra, faz derrubada sem autorização e ainda denunciam os pequenos produtores como culpados”, diz.

Pedro e Pedrinho, irmão e sobrinho da vítima, estão desaparecidos/Foto: ceddia

Após executar Raimundo, Agnaldo teria fugido em um carro com mais cinco pessoas, que supostamente seriam seus capangas, para município de Jaci Paraná (RO). O irmão da vítima, Pedro, de 35 anos, e seu sobrinho Pedrinho, de 12 anos, que trabalhavam junto com Raimundo na propriedade estão desaparecidos desde o crime e a família teme o pior.

 

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