O governo do Acre comemorou nesta terça-feira (18) a instrução normativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) que classifica o estado como zona livre da febre aftosa sem vacinação.
A gestão acredita que o novo status sanitário vai impulsionar o setor agropecuário local a partir do momento em que o rebanho se valoriza ainda mais e cria oportunidade de abertura de novos mercados internacionais.
Em cerimônia realizada na Fazenda Nova Era com representantes do setor agropecuário, o governador Gladson Cameli (sem partido) celebrou a notícia.
“O estado fez seu papel de preparar essa situação com toda a iniciativa privada após uma luta de muitos e muitos anos. Agora cresce não apenas a responsabilidade, como também a qualidade da fiscalização, porque não adianta fazer de conta que tá fiscalizando. Você tem que cobrar também para que a gente possa avançar”.
Também participaram do evento secretários de Estado, o presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), Nicolau Junior, o presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), Francisco Djalma, além do superintendente do Mapa no Acre, Fernando Bartoloso.
Bartoloso afirma que a instrução normativa, assinada pela ministra da Agricultura e Pecuária Tereza Cristina, foi uma conquista histórica e sofrida. “Em maio de 2021 estaremos comemorando o certificado internacional”, disse.
O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Acre (Faeac), Assuero Veronez, lembrou a “luta longa e árdua” que levou o estado à atual classificação. “O governo e o Mapa foram fundamentais, mas os pecuaristas foram os verdadeiros protagonistas disso tudo. O desafio agora é mantermos o status”.
O Acre tem, atualmente, R$ 3,5 milhões de bovinos. A cadeia produtiva gera, anualmente, R$ 1,5 bilhão. A vacinação do gado local contra a aftosa acontece de forma ininterrupta há duas décadas, com duas campanhas por ano. Há 14 anos o estado já era reconhecido pela Organização Mundial da Saúde Animal como zona livre da doença.
