Desde que Luciano, da dupla com Zezé di Camargo, perdeu 35 quilos fazendo a reeducação alimentar e muitos exercícios físicos, a Dieta da NASA se tornou conhecida no país inteiro.
Originária da Espanha, a Dieta da NASA ou Pronokal®, é um método de emagrecimento que reduz o consumo de carboidratos ao mesmo tempo que mantêm a ingestão equilibrada de proteínas.
Seguir a dieta não demanda apenas o planejamento de um cardápio com alimentos saudáveis para serem consumidos durante a rotina. Grande parte da alimentação de quem segue o regime é composta por saquinhos que contêm proteínas com sabores e texturas semelhantes a diversos tipos de alimentos, que substituem desde omeletes até sobremesas e crepes – e é daí que o método ficou conhecido como Dieta da NASA.
Como é a Dieta da NASA?
De acordo com a Dra. Andressa Heimbecher, doutoranda em Endocrinologia em Metabologia pela Universidade de São Paulo, o paciente passa por uma avaliação para saber se a dieta é realmente necessária para o seu caso e quantas gramas de proteínas deve ingerir , o que varia entre 0,8 e 1,2 gramas por quilo.
A especialista ainda afirma que o método é realizado em três etapas, sendo que cada uma delas possui diversas fases. A primeira é denominada Etapa Ativa, e é nesta em que o paciente perderá mais peso – aproximadamente 80% do resultado esperado, já que quase todo o carboidrato é retirado do cardápio e grande parte do que é consumido é substituído pelos saquinhos de alimentos.
Nas etapas seguintes, denominadas Reeducação Alimentar e Manutenção, os saquinhos vão sendo retirados do cardápio e os alimentos, como pães integrais, frutas, legumes e cereais, voltam a ser consumidos progressivamente.
Como aderir a Dieta da NASA?
O paciente deve procurar um profissional que esteja preparado para trabalhar com tal dieta. Este fará todos os procedimentos necessários para saber se o paciente de fato necessita aderir ao regime, e então prescreverá a rotina. Após iniciar o tratamento, que tem duração de dois anos, o paciente contará com uma assessoria dietética e precisará retornar ao consultório a cada quinze dias, para passar por exames e conferir os resultados na balança.
Quais são as contraindicações?
Segundo Andressa, existe um grupo de pessoas na qual a dieta não deve ser aplicada. Crianças e adolescentes menores de 16 anos, idosos maiores de 65 anos, gestantes e lactantes estão no grupo. Além disso, quem possui problemas como transtornos alimentares, dependência química, alcoolismo, insuficiência renal, transtornos psíquicos graves (esquizofrenia, por exemplo), câncer, diabetes tipo 1, infarto recente e problemas cardíacos também devem evitar a Dieta da NASA.
Quais são os efeitos colaterais?
Assim como a maioria das dietas com grande restrição de calorias, a Dieta da NASA pode ocasionar problemas como perda de cabelo e unhas quebradiças. Por isso, durante o tratamento, o paciente deverá também ingerir suplementos vitamínicos para evitar tais complicações.
Quanto custa seguir a Dieta da NASA?
Andressa afirma que o paciente gasta, em média, R$ 65 por dia com a dieta Pronokal®. No entanto, conforme os saquinhos forem diminuindo no cardápio, o preço também tende a baixar. “Se a paciente permanece mais nas fases que utilizam mais sachês, o gasto será maior, se fica menos tempo, menor”, completa.
Dieta da NASA: é possível seguir e frequentar a academia?
De acordo com a especialista, quem adota a dieta da NASA pode frequentar (ou continuar) a academia. No entanto, quem segue uma rotina de exercícios mais intensa, como crossfit ou musculação, deverá adaptar o treino para algo mais leve no início do tratamento, ou poderá sofrer com tonturas e mal-estar.
Já na segunda etapa, a de Reeducação Alimentar, os profissionais que estarão acompanhando o desempenho do paciente começarão a incluir carboidratos na dieta, o que possibilitará voltar aos poucos com a rotina de treino. “É importante lembrar que o método Pronokal® tem potencial de bons resultados porque há uma equipe trabalhando em conjunto. Há o médico que fez um curso de formação, é um método que tem diversos estudos científicos e há uma equipe de suporte nutricional apoiando o paciente”, ressalta Andressa Heimbecher.